terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ALCATÉIA DE UM SÓ

O navio que me tornei
Solitário estar a navegar em busca dum porto
Que o acolha deste imenso mar –
Que suas águas sou eu
E sua imensidão é o desenho da solidão

O lobo que sou se perdeu da alcateia
E em soluços ou ruivos conheceu,
No vale do medo de sua coragem de ateu,
A derrota como estréia!

O lobo em mim
Pulou no mar em mim
E naufragou seu ser e mim

O mar eu – tão meu –
Engoliu meu eu,
Lobo meu,
Lobo eu
Que até hoje não sei
Mas algo em mim morreu.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CENA DE UMA SOLIDÃO

Saio de casa só... Em casa chego só. Abro a porta, e o cachorro que me vem lamber as mãos é a solidão! Em seguida, sento-me na poltrona da subjetividade e olho me, como quem vive em momentos duma fotografia ainda não revelada, mas já passada, com saudade e também com muita curiosidade como fui num mundo que eu nunca estive e, como tenho verdadeiras lembranças das coisas que só conheci no querer.
Depois disso, atravesso um corredor com muitos quadros – de molduras vazias –, na parede, como quem atravessa o mundo e não sabe que nele houve humanidade! E deito-me na minha cama de solteiro. Mas de repente cansado do silêncio e também de não ter somo, levanto-me e caminho até varanda.
De lá, então, contemplo o céu estrelado por uma estrela só e respiro fundo, como quem procura abraçar a alma com apropria mão! E Dela abro uma pagina a sorte na qual leio tudo isso.
Novamente, mas agora em direção a sala em busca de papal , percorro aquele corredor! Aquelas fotos ainda têm as mesmas molduras, porém agora a tristeza que as rege é diferente. Chego à sala e procuro o papel... Acho-o. Agora falto só escrever. Faço-o então! Por fim, me sinto bem no meu mal estar por saber que fora de meu quarto o mundo é no plural e a ele o meu cotidiano nada acrescenta ou tira.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tem gosto de Fel

Nada mais pode completar-me. E isso não tem nada a ver com imensidão do mar e fundo de alma vazia! É fel mesmo que completamente me preenche! Isso porque ele tem azedado tudo em mim e ate mesmo fora de mim só porque – poderia! – ser meu.
Não há mais prazer nem mesmo nas coisas que antes me eram prazeroso. Só existe prazer no próprio desprazer de não encontrar mais prazer em tudo. Desse mesmo desprazer é de que sofre também minha vida... Minhas próprias feridas são as nascentes desse amargo que não pode, aprece! Parar de jorrar.
Já a quanto tempo? Não sei! Porque não conto mais. Só sinto!
Amarga? Tanto...! Que o tanto parece não ter medidas. Só ser eterno e seu fim.
O que farei? Sentir apenas? Não....!!!!!!
Só depois de liberto é que me julgarei como culpado, mesmo que isso seja pecado! [14-02-011]

Depende de mim

Depende de mim!
Ai, meus Deus! Depende de mim.
Depende de mim? O que depende de mim?!
Esquece... Seja lá o que fosse não farei

Minha poesia,simplesmente!

Minha poesia não são palavras escolhidas à sorte – Ela é apenas uma chance de ser livre;
São gritos de papeis em branco e senas que não vivi e a expectativa disso tudo e fazê-la!
Nela não há nada de novo e nem de gênio – eu bem sei disso!

É o meu fracacasso íntimo e universal – e por outro lado é também a adesão de forças;
É o momento que me posso julgar e também o de ser nobre;
É a saída é a ficção, e o drama e também a solução;
É o meu apoio, o meu bálsamo amargo;
Minha passagem ao meu porto seguro e ao me
u passado;
É a vitorio dos meus conflitos sobre mim, apenas! Por isso, ela é literatura de um simples!

Que direi eu a este mundo selecionador de gênios e nobres e Césares! A ponto de ser algo tão excepcional e ao mesmo tempo inovador? Qual angustia minha poderá fazê-lo deferente das outras todas iguais no sofrimento da alma? E se a escrevo e a posto em um site é apenas para que não se perca de mim essa emoção já decodificada

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

POR QUE NÃO DEPOIS E SIM ANTES...

Ai! Se não fosse esse maldito embrulho que carrego a também me carregar.
Que dizer da vida, ainda mais agora que o tempo só passa? Não seria deferente se eu fosse?! Mas eu fico sempre e sempre fico!
Enfim... Agora que quero voar o problema e a montanha. Ai, se não fosse essa pedra – pedra – Maldita pedra no meio do caminho em pleno céu!
Oh futuro! Se eu chegasse antes, mas eu cheguei depois. Porque não antes e sim depois
– insisto: por que não depois e sim antes?

sábado, 5 de fevereiro de 2011

...

Eu não só preciso esperar o bem que quero, preciso também fazê-lo;
Eu não só preciso conquistar o que espero, preciso ser ao mesmo tempo a conquista de quem também espero;
Eu não só preciso sonhar, preciso também ser a realização do sonho de alguém;
Eu não só preciso de uma festa, preciso convidar e dá ela os que não a têm;
Eu não só preciso sonhar, mas preciso apagar os sonhos do meu coração, Para que os dos outros possa brilhar também;
Eu não só preciso de balsamo, preciso também de fel...
Eu não só preciso da beleza, preciso aprender a lapidar os diamantes que ela não me deixa ver;
Eu não só preciso dos olhos secos e alegres, preciso deles também lagrimejantes e tristes, para que possam...
Eu não só preciso viver, preciso também morrer; para assim viver eternamente;
Não só eu preciso, mas todos precisam também, por isso, rogo que uns ajude aos outros.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Raio de Noite

Deste que a luz do amor raiou na noite do meu peito nunca mais tive paz.
Por outra lado brilhou também a esperança de antes apagada.

Triste é saber o inicio, meio e fim das “coisas’’ e não poder mudá-las!
Ai! Se eu pudesse acordar e todo se tornar perfeito!

Triste fim para uma árvore no meio da multidão humana – saber que eles andam e pulam, mas "ela deve ficar parada!", como os infinitos momentos que descontinuam numa fotografia.

A velhice nunca dá tempo para ninguém ficar jovem, por isso ela puxa cada segundo com sua infinita corda que é tempo – pudesse eu ter o tempo, como as linhas nas palmas das minhas mãos!

Assim como as coisas que dão erradas começam certas é também o poema: Se eu forçar os meus olhos um pouquinho só a mais eles se fecharam, depois, ate mesmo antes de se abrirem haverá só você pra mim, mas e daí? talvez você nunca saibas disso!

algum rascunhho0h

Sei o que é solidão Posso falar
De tanto navegar neste mar.
Minhas trilhas eu perdi...

Até meu coração
Por não ter aonde ir
Só vive a remar
Não que mais parar
Deixou de existir

Não lembro si sorrir
Só sei que vou devagar, sem parar...
Nesse mar solidão maior não há

Quando penso em desistir
Começo a começar
E se às vezes eu sorri
Foi porque minhas lágrimas eram o próprio mar


Eu já não sei mais viver, navegar e solidão...
Adeus!

Melhor de mim

Serei sempre a paisagem que olharam e logo se esqueceram
Serei sempre a fotografia que ficou no fundo da historia para ser revela da depois
Serei sempre um Alcorão de dó
Serei sempre a má impressão que passei ou sempre a que fizeram de mim, mas coma a misericórdia não escolhe causa haverá, talvez, um! Que chorará a mim verdade aos outros

Ajuda-me

ajuda-me!
Vem por mim outra vez na cruz,
No mar e no meu coração...
Ajuda-me
Preciso tanto de tuas mãos
Que me afastar de tua face
Já e meu perdão

Por isso ajuda-me
Ajuda-me senhor

Se há o deserto
Existe também a vitoria
E a tua glória sempre me vem acompanhar
Mas há tento vento nesta historia
Que o todo instante preciso parar

então vem senhor
Vem me ajudar
Vem senhor
Vem me ajudar

Se a cada hora minha sorte chora
A cada aurora mais misericórdia
O senhor tem para me dar
por isso vem senhor
Vem me ajudar
vem senhor
vem me ajudar

Jesus

E me amou me perdoou morreu por mim
Está sentado á direita do pai...
... E me chamou me abençoou me enviou
Estou prostrado em seu altar

E é assim Cuida de mim
Amor maior não há
Será sempre assim não terá fim
Minha morada é me amar

Solo

Quando escuto uma melodia bonita me dá vontade de amar
Mas como não tenho a quem e também nem lágrima para chorar,escrevo!
Quando vejo a felicidade alheia, agradeço a Deus com grande carinho.
E a verdade desse agradecimento mostra a dor ao meu redor!
Penso ,as vezes, que a felicidade e mar eu sou estrela
Porque a fito sempre de longe... mas nunca deixo a escuridão do infinito na apegar, pois apesar de tudo sou luz e sou brilho.

A verdade de cada mentira se encerra em si
Não há o que morra sem antes existir
Também flor que murche sem florir
Tudo passa e as ondas sempre vem e vão
Na vida cada dia é uma nova vida
Sendo que no ultimo ficam as despedidas,
no novo as boas vindas
No mais... o não e apenas uma palavra

Muito pressa, porém, é preciso!
Porque cem anos não são nada
Se a cada madrugada multiplicar-se a lágrima chorada
Na há lua que não seja molhada

“o impossível não existe”
Quem quiser que fique triste
Pois o melhor da tristeza é quando e se dá risada

A vida é um livro na mão de uma criança
Que o rabisca sem parar
Às vezes ela acerta o desenho e frase e também a lição
Depois, inocente, volta a rabiscar...
Em seguida vira outra página, outra página e outra página e sempre outra página
Mas a historia lá fica escrita
E nem ela mesma pode apagar

O amor é algo incontestável
O sentimento que é algo inconstante
Gostamos uma vez, duas, três...
Mas o amor quando ele chega – ele chega e não se vai!

O destino não é um caminho
E nem uma escolha: é uma linha da mão de Deus.

A emoção que trás inspiração
E igual à impressão digital
Cada qual com a sua mesmo todas sendo iguais
Afinal as palavras e rimas são só uma via por aonde ela vêem