domingo, 12 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Alguma coisa no futuro

O que tenho para dizer ainda não aconteceu, mas já há algum tempo devo algumas palavras à velha folha em branco! Magoa e angústia foram coisas ditas antes mesmo de eu nascer – não digo nada novo agora! Realmente o que eu quero dizer é alguma coisa que ainda estar no futuro, porém não digo não e não agora porque já sei a resposta! – então por onde começar?

O que tinha de passar ainda não passou – mas como já faz tanta falta! Por isso que tenho em mim muita expectativa. e disso tudo, por hora ainda, não posso soma nada, nada e nada posso soma não!

Nunca pensei que as coisas loucas e heróicas e tristes que eu escrevi se fariam verdade a cada aurora de minha vida. Antes, entretanto, nunca havia mentido sobre eles. Porém agora sei que eles doem e foram e são realmente reais!

Já perdi o fio do que queria dizer?! – como sabê-lo? – sei que quero dizer algo ainda no futuro, contudo se esse futuro for diferente do passado.

Do subconscientes nunca saíram os meus sonhos – fracassei ate mesmo na hora de ter pesadelos só por eles serem sonhos!

Não fujo porque a minha vida toda é toda uma fuga constante;não desejo mais porque toda a minha vida é um querer eterno; já não choro porque toda a minha vida sorrir enquanto chorei – E agora me acostumei a ser alegre enquanto foi triste!

Não minto MAIS – NÃO! Porque mentir por minha vida toda faz de mim essa espécie que sou! E agora não quero mais dizer o disse que diria só no futuro porque antes mesmo do próximo ponto final isto já foi dito.

sábado, 20 de novembro de 2010

Quero

Quando tudo quero, é quando realmente nada quero! São ânsias e angústias que se misturam por homogeneização e nem o coração ou alma conseguem decifrá-las.
Minha mão, parada mesmo, planeja mil paisagens que se desenham em uma paisagem só; por sua vez a boca mal consegue falar de tanto pensar no que dizer primeiro; E os olhos! Esses visualizam mil formas que se unem em apenas uma.
na verdade, porém, eu vou dormir pensando em uma só “coisa” que eu não quero, agora, revelar aqui. Também tanto a quero como imaginaria e pediria e falaria que a quero um milhão de vezes em seguida. Sem me perder, sem complicação e separada-as uma por uma, entendendo-as todas e as guardando comigo. Aliás, as queria sendo sempre a mesma coisa uma de cada vez sempre.>


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vem correndo para mim

já cansei de mim ferir
Vou cuidar melhor de mim
O que passou deixei pra lá
Tudo em fim terá um fim

Mas é bom poder falar
Do que cala aqui em mim
Se a saudade me encontrar
Vem correndo pra mim

È tão bom te abraçar
Ser você completo em mim
Mas há sal no meu calor
Também fel no meu amor
Isso não depende de mim
Meu amor não é ruim
Para os outros é que é assim

Sempre que começo a amar
O amor que chega ao fim
Isso não depende de mim
Meu amor não sabe o fim
Para os outros é que é ruim

Se os meus eu fechar
Seu sorriso surgi em mim
E se eu quero te lembrar
A saudade chega ao fim
isso não depende de mim
Meu amor não sabe o fim

já cansei de me ferir
vou cuidar de mim
eu não quero mais sangrar
eu não quero mais chorar
vem correndo para mim

se a tristeza te encontrar
se a saudade te encarar
se a lagrima não secar
para o amor recomeçar
vem correndo pra mim
...
se pensar é existir
por que não estás aqui?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ao som do vazio

Quando a saudade ecoa no funda da alma,
E ainda assim nada encontra para se alimentar
O coração perde um pouquinho só do seu ritmo,
Depois a forma... e então se transforma em pedra!
E quando tudo parece, parece! Estar certo
Vem o vento e transforma essa pedra em poeira que se espalha e se perde no tempo

E o eco da saudade volta ao som do vazio...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Busca inexpressiva

“Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
Como entrei no inexpressivo
Que sempre foi a minha busca cega e secreta” por te;
Como te encontre antes de te encontrar,
Até mesmo como te amei e te perdi:
Naveguei por mares de ilusões,
E quanto mais alucinado e cego te via.
Depois, então, viajei por mundos que não foram,
Projetei em cada reflexo a sua imagem e em cada imagem o seu reflexo;
E com a tua imagem no espelho de meu coração disse NÃO a utopia!
Tudo isso sem nada dizer e sem movimentos;
Com os olhos de costa para as lágrimas,
Com as mãos prostradas ao céu em oração
E agachado em minha alma, escondidinho, com medo de viver.
Depois disso, nunca mais sair do inexpressivo,
Que foi sempre a minha busca cega e secreta por te.
Mas um dia, de repente, você me apareceu
E a minha busca inexpressiva tornou-se tão expressiva... Que por isso mesmo te perde!
Agora só encontro-a no inexpressivo; que foi, e sempre será a minha busca cega e secreta por te.
Aqui eu te amo; sem nunca precisar me frustrar com lado e sentido real de amar – aquele que dói, que não trás quem agente quer e também não tenho que me perguntar por quê?
Aqui eu a abraço; só sinto falta do calor real dos seus braços, mas enfim... Ainda assim aqueço-me da solidão!
Aqui na minha busca secreta e inexpressiva te vejo e te tenho imensamente.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Metalinguagem

Tenho muito que construir ainda, mas assim não dar;
Olho está cheio o meu deposito – emoções;
Mas os operários estão de grave – as palavras;
No entanto a abra continua normalmente – a vida!

Há um mar de emoção dentro de mim,
E eu nunca morri por isso;
Porém uma cota de palavra, que traduzisse a emoção deste momento, me mataria afogado!

Meu querer

O meu querer é leve como o cantar do vento no oco do mundo, e o deslizar das águas nas fontes que ainda não são e que mesmo que fossem míngüem saberia; e que sempre passa e que passe sempre e sempre passara – além de tudo e muito distante de mim!

Choro

Meu coração chora agora como chora o violino, mas coração não chora só bate de acordo as minhas emoções,
E também o violino não chora, só parece chorar de acordo com a emoção de quem o toca e quem o escuta; agora ate mesmo eu não choro, só tendo atribuir palavras as minhas emoções...

...Ouço uma melodia triste agora, e quanto mais triste ela soa menos da minha imensa tristeza conheço e compreendo!

(... e os meus olhos que nada sentem se enchem de lágrimas....transbordaram agora...)

Deixa...

Deixe passar assim os meus dias:
Sem lembrança de alguém nos meus caminhos tão, tão povoados;
Sem esperança de ilha nesse oceano tão, tão e tão distante chamado solidão;
Sem, sequer, uma mancha em preto e branco no mundo incolor de minha vida;
Sem ritmo de mim nas rodas ritmadas da felicidade;
Sem mensagem do meu mundo triste ao mundo entupido de informação;
Sem certeza de vitoria em plena a era de vencedores;
Com palavras encharcadas nos lábios presos, na boca seca e muda.

Esquina dos meus sonhos encantados em que esquina tu se perdeu de mim? Ache-me, por favor, ache-me aqui; aqui onde eu nada seria!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Segunda pessoa do singular

Fizeste de ti o contrario de tudo que sempre imaginavas, e quando sonhavas não era sonho o que sonhavas; era pó.
Fizeste da realidade um sonho incapaz de acontecer, e choras com um sorriso de orelha a orelha;
Fizeste das sensações e pensamentos um mundo tão palpável como a pena que agora escreves;
Fizeste das oportunidades coisas tão inoportunas e tão sem nexo que traçava com elas, sempre, a latitude e a longitude de suas ações, mas não procuravas no mapa da atitude um ponto correspondente. E isso te doía ma alma, sim! Então, pulavas da geografia da vida para calculardes no português se realmente teve sem oportunidades ou cem ‘inoportunidades’, mas não sabias se expressar direito;
Fizeste o maior dos arranha céus com os pés no chão, mas como não sabias nada de geografia, matemática e nem português e bem provável que a frese acima esteja ao contrario:
Saístes para lutar e esquecestes as tuas melhores armas, porque realmente não saístes para lutar – é a batalha era dura!
Fingistes tudo, até mesmo amar; só não conseguiu a fingir a dor que sentias.
Serias capaz de preencher até mesmo o vácuo do universo, mas vale tão fundo que tu és agora, tu não és capaz disso;
Pensas no que queres, não mais com o pensamento e nem com o coração todo esperançoso de conquistar, mas com um suspiro de dó e ódio por não ser capaz de conquistar o que queria.
És só tu o lixo que sabes e acha que é e ainda tudo aquilo que não sabes o que é e nem nunca serás.
E tu choras, tu morres enquanto vivis e tu quereis e tu precisas e tu sentes falta e tu já perdeste tudo isso.

Lembra-te aquele sonho, que agora tão realizado estas...; lembraste? Pois é! Esqueças. Só engulas a seco essas lágrimas de veneno porque são as lágrimas que tu não choraste e mates mais um sonho teu; e logo o que estava quase, quase, quase realizado, mas mates porque algo saiu errado porque todos os teus sonhos têm que existirem já ex-existindo.
Ao invés de praticar atitudes que mudes a vida, aprendas manias bobas que mude a tua feição; aproveites e aprendas uma que te deixe com a cara de bobo e lerdo e boca aberta que realmente és e ponto final.

O que mais deixaras que passasse por ti e fiquem apenas dolorosas marcas e muitas saudades?

Fizeste um enorme buraco em teu coração, feriste com navalha e cicuta os confins de sua alma
Aprendestes a fazer movimentos que não acontecem nunca, e choravas por isso no escuro, mas sempre com sorriso alegre.
Fizeste de tua vida um colorido de uma só cor, e agora todo esse trabalho resultou em vão
Fugiste tanto de tantas saídas e fechastes tantas e tantas portas, que agora, com as chaves em mão, queres abrir aquelas portas, mas já não sabes escolher mais isso.
Tu não dizes, mas tens pena de si mesmo. Da para ouvir isso em teu silencio.
Que fazes em quanto sonhas; será que morres?! Porque tantos sonhos teus nem saem do mundo dos sonhos e já vão direito para o mundo dos mortos; e ainda assim realizaram-se! Ah, Não; não sabes?! Pois se realizaram sim, Porque os teus sonhos existem e ex-existem tudo ao mesmo tempo.
Fingir sempre foi a tua melhor farsa, houve até um tempo em que não sabias mais se fingias de verás ou se fingia que fingias. Por isso Tu és o grande ator e autor e escritor e apresentar e telespectador da tragédia de si mesmo.

Tu és muito e muito pior que a dor, porque a dor dói por vicio da rotina, e tu... Tu machucas-te por vicio da escolha.
Que Fizestes de ti, inútil “pensador”; que esperas da vida?
Que pensas que pensam de ti; que és esperado? Pobre de tu. Tu és o desesperado! Tu és aquele que, por um raro acaso foi esperado, ficou sempre em segundo lugar. E ate mesmo as regras do português contrastaram contra tu: TU segunda pessoa do singular.
.
Tem agora o que te faltava antes, tu tens consciência até da morte – mas o que te faltou antes?
Que pensas agora; agora que... Agora que a frustração e sua pátria? – tens dó de ti?
Pobre, pobre, pobre e pobre e pobre de tu? E agora? Sabes que são tantas e tantas e tantas perguntas que e inútil citar qualquer que seja.

Não adiante agora tentar enganar a si próprio, não! É puro engano! “aceitas a frio o que tu és”. A tua melhor fresa já escreveste na vida: aquele que, por um raro acaso foi esperado, ficou sempre em segundo lugar. E ate mesmo as regras do português contrastaram contra tu: TU segunda pessoa do singular!

...

Aqui, neste lugar chamado solidão, tudo é absolutamente tranquilo, mas não é uma tranquilidade que dá sossego. Até mesmo uma bateria de escola de samba, e seu barulho natural e tradicional, seriam incapazes de desassossegá-la. E neste momento só o coração bate disfarçadamente em algum lugar no oco da alma. Tudo isso para não se apaixonar pela solidão

Ação!

Não espere que notem você;
Não espere outra vez uma chance;
Faça você mesmo, na hora certa,
Mas não se prenda ao tempo;
Aliás, novos instantes surgiram a cada instante
Porém um instante passado já mais volta atrás.
Posso dar-te um conselho: – ação,
Olhos tímidos nunca vêem além,
Nunca vêem além do que está à frente!

Pôs meu coração

Pôs o mar dentro do meu coração
E o mar coube espaçosamente dentro do meu coração
Pôs o meu coração dentro do mar
E o mar foi pouco para inundar
Os buracos que a dor abriu em meu coração.

Volvi o meu coração para o universo
E o universo se perdeu na imensidão do meu coração,
Nem as infinitas estrelas e o sol que há nele
Foram capazes de brilhar na treva que havia no meu coração.

Pôs o meu coração para fora de mim
E logo me sentir menor do que o tamanho de coisa nenhuma
Então, veio o mar e me inundou,
Veio o inverso as infinitas estrelas e o sol que havia nele e encheu-me de brilho.

Mas onde eu deixe o meu maldito coração
Existia uma treva que se camuflou
Na treva que havia em meu coração.
Lá nem os corvos, que são amantes da escuridão,
Encontram compaixão!

O navio o homem e o mar. / rascunho0

Era uma vez um navio...
Que por seu dono foi construído com muito carinho e chamado de werther. Por medo de perdê-lo e por amá-lo de mais ele não lhe apresentou ao mar. E assim se passam os 10 anos antes de sua primeira e única viagem ao mar.
O seu criador além de tudo temia que a salinidade do mar afetasse a pintura daquele cristal tão precioso, feito de aço e madeira, que guardava docemente com carinhos e cuidados infinitos no funde de sua bela casa; temia também que a tempestade o afundasse e que a ferrugem e o cupim o comecem. Por isso, resolveu manter-lo trancado qual ave na gaiola, qual peixe no aquário. Isso porque o navio representava muito para ele. Construí-lo era como vencer uma batalha que nunca teve a oportunidade de ao menos ser derrotado. Mas o resultado dessa construção era entes de tudo, a reação de outras ações. Contudo com essa construção o seu maior propósito era se libertar das correntes da culpa, quebrar a escada da solidão, que principalmente na juventude tanto fez questão de subir e voltar ao passado a cada martelada e cada pincelada tirar das trevas as suas percas e os seus gritos não gritados, todo o medo de lutar por seus ideais e lançá-los numa era de luz.
Esse homem era de poucas vitorias na vida. Ainda assim possuía o que poucos possuíam: alma livre para sonhar. Mas a marcha desses sonhos e também de suas atitudes e de seus planos Passavam primeiro por seu medo. E esse juiz oculto dificilmente acatava qualquer de suas decisões.
O navio ao seu modo também o amava, mas sentai lá no fundo íntimo de si, que esse amor não matava sua cede. Além das muitas outras coisas que ele não sabia, e uma morte era uma das, não sabia também que tão cedo partiria com ela virgem de sonhos e realizações. Coitado! – mas reconhecia um sentimento bem oposto ao que tinha pelo o homem, que ao invés de sustentar e alegrar e acalentar esvaziava-o do que nem mesmo tinha. Tudo isso só porque pensava naquilo que balançava para lá para cá.
Certos sentimentos amargavam, ainda mais, quando de sua cela estúpida (ESTÚPIDA PORQUE NÃO ERA ÇELA PARA CERTO TIPO DE PRISIONEIRO, MAS MESMO ASSIM VAZIA-O) , de longe simplesmente via a leveza que os outros navios flutuavam sobre aquele tão longínquo e mais tarde agridoce rosto que sempre balançava para é para cá. Werther, de algum modo, trazia em sua genética um imã que o puxa pra aquele imenso e liso resto que balançava pra lá e para cá. Contemplava-o então com seus olhos, que era uma imensa estrutura de aço e madeira, luzindo mil estrelas e outras mil agonias. Tudo isso o fazia sentisse-se como uma lua amarrada num porto impedida de subir ao céu. Engolia toda a essa onde de sentimentos angustiosos, amarrado aos pés, que mais uma vez era toda a uma estrutura de aço e madeira, por longas e vultosas correntes – que mais pareciam ancoras lançadas, ao invés do mar, ao chão!
Não me ficou dito como, mas uma vez o werther teve a sua grande chance de conhece aquele rosto, que não muito tempo depois soube que se chamava mar; e que em outras palavras, os navios eram felizes. Só que aquelas correntes, antes presas aos seus pés, estavam finalmente soltas, mas agora ancoradas fatalmente em seu coração.
Os motivos para isso pode ter sido vários como, por exemplo, medo e comodismo. Também Pode de ser levar em conta que talvez pensasse não era ser à hora de correr em direção a grande força que o puxava – como fazem tantos por ai. Ou ouviu quem viu frustrações próprias na sua possível realização. Também deve ter caído no conto dos que não foram ‘ao encontro do seu grande mar’, “por isso auto condenaram-se a lamentar e se arrependerem a vida toda; sem saberem que o destino e uma questão de escolha. Esses agora nem por isso, infelizmente, aprenderam e continuam ensinando agir errado quando o mar chamar um navio. Neles às dores que ardem como o sol não foi e nem são suficientes para evitar que continuem estéreis como pedras. E o que mais dor é saber que tiveram suas chances e a desperdiçaram-na, e agora vêem com a hipócrita ideologia que ‘mais vale um pássaro na mão que dois voando’. Não conquistaram o que perderam por puro medo ou falta de atitude. E Por agirem assim não só perderam os dois pássaros que estavam voando, mas também o que estava em mãos. Pois agora, depois de passada a festa e restado só o silencio do salão vazio, depois que perderam suas grandes chances contemplar a alegria dos outros navios, naquele imenso mar, é grande tristeza que seus olhos não cansam, e nem se cansarão de ver. ''
Essas reflexões ao navio caíram como a mão e a luva porque Pensar, sofrer e se magoar era o seu grande passa tempo. – em quanto isso a pequena bateria de sua vida ai descarregando. Agora, a areia dos castelos dos seus sonhos é capaz de secar o sorriso deste infinito mar...!
Em todo era homem simples. Colhia o que a vida dava e plantava o que não tinha. Não era dotado de inteligência genial, mas mesmo assim sabia que quem nunca andou de bicicleta nunca aprenderia; e que toda forma de felicidade, seja ela simples ou grande, era felicidade assim como todo pecado era é pecado. Tinha alma pura, capaz de filtrar a beleza e leveza da vida até nos mais simples acontecimentos: desde o contemplar do ar pura de uma casa limpa, ao gesto cheio de simbolismo de tirar o palito e a gravata do pescoço. Enquanto ao medo – fruto de seu passado –, não o possuía de todo, mas o tinha nas suas mais variáveis formas. E para salientá-lo ainda mais trazia dentro de si uma gruta secreta, saturada frustrações; e via o seu fim, sua explosão, o seu esvaziamento com construção do navio. Formas variáveis do ditado '' como jogador de futebol você daria um grande medico'', por exemplo, não se aplicavam a ele. Isso porque quando não conseguia atuar com êxito, ou por medo, em uma área, simplesmente extraia toda sua força e dedicação para outra área. E assim se fortalecia a ideia da construção do navio. Ainda mais depois do casamento, quando soube que o grande sonho de sua esposa era uma viagem justamente de navio no verão com a família. Então qual melhor presente? Qual maior forma de mostrar o seu amor? Além do que queria presentear o maior presente que a da vida lhe trouxe, quem sabe ate de Deus - com maior presente que ele poderia lhe dar o dera. Belo plano, grande presente de casamento, tudo feito, mas o medo seria o fator ''x'' na vida deste homem, a cena que não faria parte do espectáculo.
Acontece que sua esposa soube que o passeio com a família que tanto quisera seria com naquele navio que o marido passara anos construindo, e que ele saíra para o auto-mar no intuito de “testá-lo”, pois havia já se passado 10 anos deste a conclusão da obra.
A noite era tempestuosa; então ela sem nenhuma sombra de duvida pecou uma embarcação a motor e saiu em sinal de emergência, pronta a ajudá-lo caso algo saísse errado. – como de alguma forma temia. E foi o que fez...
Nesse momento algo de extraordinário aconteceu com o homem. Sentiu muito mais que medo da morte, quando que viu a representação dos seus sonhos flutuante naufragando.

Quando ela viu a letra A da palavra amor, que formava a frase: ''com muito amor e carinho'' sendo engolida pela água, percebeu o naufrago. Então sem declamar frases poéticas, sem nenhum gesto heróico, mas sim num momento de muito pavor e tensão, lançou ao marido a bóia que espetacularmente estava ali no seu barco. Esse sem mais delongas alcançou-a.

''A perca, os amores não correspondidos ou não vividos, os planos que não deram certo se acumulam em nossas vidas porque não nos entregamos por completo a eles, sempre por um motivo ou outro arrancamos suas raízes ou se quer a plantamos; e não por causa deles. Nós somos as ferramentas, tinta, tela e tintura da obra que fazemos de nossa vida. POR ISSO TODO DESENHO, Todo propósito, por mais tosco que seja, tem de ser visto como a Vara do Monte Horebe. Porque a diferencia de um propósito para o outro é o quantos nós empenhamos para que seu fim seja plausível e eterno. '' Porém, assim como há uma diferencia entre quem ler e quem decodificar palavras, há diferencia em quem ler um livro, por exemplo, e quem coloca em pratica suas ideias; e tudo isso aqui não passa de literatura.
''Nossos propósitos se lhes fossem dados a força de lutaram por si mesmo é que escolheriam os homens em ou até mesmo navios em que se realizariam!?'' – E se os fossem dados, de forma mágica esse poder; Pensem se de alguma forma eles fossem palpáveis, visíveis, ou tomássemos uma pílula para tal acontecer, brotar no nosso córtex cerebral com 1001 formas possíveis para sua concretização? Mas se isso acontecesse os homens bombas e terroristas em geral, com certeza, tomariam todas as pílulas possíveis por uma só ideia, para que em uma só explosão morresse todos os Palestinos, Israelenses, Americanos toda a humanidade. Por outro haveria também haveria tantos que tomariam as ' pílulas propositais' por não a violência, não a fome, não as armas nucleares e guerras, não as desigualdades. Sendo assim conclui-se que, se houvessem realmente essas pílulas, o mundo enfim teria um fim tanto bom como mal. Afinal ‘‘água “mole e pedra dura tanto batem até que fura.”

''Só em pensar que o infinito é infinito, por mais que vivermos, nossa existência não passa de alguns segundos. E não há génios ou analfabetos, ricos ou pobres, brancos ou negros, entes de qualquer religião e ateis ou céticos; que seja geneticamente melhor um que o outro. Não hã nenhum ser humano, desta o mais arrogante ao mais simples, que não esteja sujeito ás leis da natureza, e a mesmo fim: a morte. – mas não nos precipitemos com isso – nosso tempo de existência pode ser pequeno – o importante é sermos capitalista da felicidade: conquistar o máximo de felicidade com o mínimo de frustrações possível. Um exemplo bem sucedido disso é o Sistema capitalista; que quer sempre aumentar a obtenção de lucro e não as despesas. Para o capitalismo tempo é dinheiro, e todo bom capitalista não deve perder tempo em suposições, nem chances de expandi ou começar seus negócios. Ainda, via da regra para começar uma empresa é preciso que se tenha, além de tudo, capital de giro. Com um investimento inicial de, por exemplo, 100 mil reais a “empresa” compara a matéria prima, os meios e produção e pagara a mão de obra e produzira, por exemplo, 150 mil reais. obtendo, obviamente, um lucro de 50 mil reais. Completo o circulo é necessário começar tudo de novo.
Para os capitalistas da felicidade o processo de obtenção de 'lucro' (felicidade) também é o mesmo. É de extrema necessidade, porem, nem que seja, um pequeno 'capital de giro; que compra a matéria prima, os meios de produção e pagara a mão de obra... Que produz os bens de consumo... Que são vendidos e dão o lucro'. Completo o circulo é necessário começar tudo de novo. Sobre tudo no amor – sua maior empresa mundial. Acontece que algumas dessas empresas 'fecham-se' por má administração (Traição no casamento, ignorância entre parentes ou amigos, violência, por exemplo)Ao contrario das outras empresas capitalistas que compram sua matéria-prima, as capitalistas de felicidade fabricam sua matéria-prima.'' – Existe ainda um pequeno contraste de informações: para começá-las e preciso no mínimo um minúsculo capital de giro(sentimento), mas para que ele sobreviva ao sistema( as crises em geral, por exemplo.) é necessário a matéria-prima.
''Se por um lado se constrói uma grande empresa do amor com tão pouco, por, também se detrói uma grande empresa do amor por tão pouco. – basta acabar a matéria-prima. ''
Todas essas reflexões se passaram na cabeça do homem, em fleches de luz, enquanto segurava-se na bóia e era puxado ao barco. Já no barco um pouco atómico, deu um leve suspiro e depois abraçou a esposo; e de súbito enxugou a solitária lágrima que rolou de sues olhos.
Ele só não imaginaria que o navio, ao seu modo, no mesmo momento também teve as mesmas reflexões.
Sua criação por mais cede que tivesse mais atração, mais destinado que fosse ao mar; não consegui concluir o seu propósito. – Porque ele mesmo o era. O homem ao construí-lo deu-lhe alma quando colocou aquela frase: ''Com muito amor e carinho'‘. Seu navio foi realmente um jovem werther ao contrario. Antes de tudo, 'morreu' não por sua ''amada'', mas quando a teve
Quantos jovens werthes vivem dentro de si?

domingo, 11 de julho de 2010

Viagem

Deste lodo aonde vim parar tudo é tão escuro, todas as coisas gritam em um silencio tão longo, calmo e triste. Parece até que todos estão eternamente esperando uma festa: Os homens estão todos de terno, e entre as mulheres variam muito os trajes – algumas estão de traje branco.
Há muito gente por aqui: São fetos, recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. E eles não reclamam de nada, e ao mesmo tempo parecem refletindo sobre algo muito duvidoso e cruel e a também uma ressaca de descanso em seus pálidos rostos. (Eu agora já nem sinto falta e também não sei como conseguir lembrar, mas não consigo ver daqui tudo que com certeza sempre dei valor antes de aqui chegar: comidas, televisão, segredos, negócios até mesmo prazer ou dor)
O agir em passos calmos do tempo e aquele verme que passeia livremente entre os lábios de um ou outro, denuncia, que nesta festa todos são iguais. Quem os convidou não se sabe. Embora isso também pareça não fazer à mínima importância, mas esse alguém trata a todos com o mesmo desdém.

Parece que já se passam anos que estão aqui, mas essa festa, se é que é festa, parece nunca acontecer; porém todos permanecem aqui e não demonstram a menor Impaciência para isso.
Com o feito do tempo alguns já estão sem vestis, outros com vestis sujas e rascadas e para outros ainda parece que o fim das coisas acabou só neles. Mas a frieza em suas faces diz as mesmas coisas que aqueles que acabam de chegar com trajes novos e limpos... E o anfitrião continua tratando todos com o mesmo desdém...

Parece-me que acima deles ou em outra dimensão há um mundo de sentidos, canto de pássaros, balanço de árvores ao sabor do vento, prazer e até mesmo dor! Mas não neste lugar em que estamos. Aqui não! Aqui tudo é lento e longo. E dos que estão dormindo, com certeza, sou o único acordado

Continuar

Aquela estrela solitária seu eu;
Aquele planeta distante sou eu;
Aquele mundo poluído seu eu;
Aquele oceano seco sou eu;
Aquele sonho errante sou eu;
Aquele louco alucinado sou eu;
Aquela dor que penetra nas almas sou eu;
Aquela flor que morre ao chão sou eu;
Aquele monte de cinzas sou eu;
Aquele que vai pra já mais voltar sou eu;
Aquele que chora lágrima de sangue sou eu;
Aquele com coração de pedra sou eu;
Aquele pássaro molhado e sem asa sou eu;
Aquele isso, o rejeitado, o maltratado, o desgraçado, resto, o sujo sou eu!
Por quê?
A vida quis assim!... Quis que toda coisa, todo aquilo, todo bicho
sofresse dentro mim. –ah! Aquele que nasce morto também sou eu!
Mas devo continuar sendo assim. porque afinal faz sentido parar

Quero um mundo

Quero um mundo que possa chamar meu.
Onde o que exista seja meu e o que fale,fale de mim para eu mesmo.
Quero um mundo que possa levá-lo na ponta da caneta e construí-lo em qualquer folha de papel em branco; um mundo onde eu seja o poeta, mesmo leigo.
Quero um mundo que cante pra mim as minhas musicas, que chore pra mim meus risos e ria pra mim meu choro.
Quero um mundo que tenha a minha cor; quero um encontro comigo mesmo no meu mundo.
Também nada me custa dizer que quero as montas de chocolate e os rios de leite e uma luz muito mais luz que outras luzes e uma paz muito mais paz que a paz.
Não quero um mundo onde outros habitem ou construam mundos a partir dele; não quero musas, risos ou choros alheios e nem multidão.
Quero um mundo onde toda a realidade não passe de alienação; quero lá uma fuga para o que há de real, mas quero o meu mundo no mundo

Sinapses

Você não é mais aceita em meu coração!
O meu coração arrancou-te de dentro de si – Em pesar que doeu muito te esperar!
Mas agora dói muito mais esperar o tempo passar pra te esquecer.
Tanto que meu coração não suportou mais e jogou aos sete mares tudo que era seu, encheu de espinhos e rasas mortas o lugar que era seu.
Até mesmo a minha saudade, de tanto se lembrar de te esquecer, desenvolveu sinapses

Quem?

Traga-me apenas um segundo da tua companhia,
Para que eu vença essa dor translúcida,
Que agora agride minha vida.
Traga-me ao menos um fio da luz viva que há em teus
olhos,
Para que eu avance da treva de mim mesmo.
Traga-me a tua mão forte e santa,
Para que eu segure e me erga do túmulo da morte que
agora estou.
Traga-me ao ar que tu respira,
Para que ele construa continentes na praça morta dos
meus pulmões.
Traga-me a tua essência de vida,
E destrua a essência secreta de algo desconhecido e
ruim que há em mim
Traga-me o teu corpo meigo e puro,
Para que eu possa depositar a minha alma machucada.
Traga-me o seu coração escudo
Para que o meu amor guerreiro lute contra qualquer mal;
Traga-me ao menos um pensamento de coragem,
Para que eu possa ser o mais fraco entre os fortes,
E o mais fraco entre os fracos; e ainda assim ser um
humilde vencedor,
E se por ventura eu cair, que caia no solo de tua pele.
E já em você, por favor, me abrace forte!
Para que eu vença esse mistério que é a solidão_ e em
selênico explicar a quem sofra!

Esperei

Esperei...
Como quem espera
O amor para amar
Eu esperei
Como o barco que espera
O rio para navegar
Eu esperei
Como a fé
Espera a gloria pra reinar,
Como rosa espera
O vaso a enfeitar
Esperei você...

Você é...
Tudo que imaginei
Você é
Por que me apaixonei
Você é
As noites em que chorei
Você é
O beijo que não dei
Você é
A bênção que esperei
Você é.

Você foi...
Como alguém jamais será
Você foi
Muito alem do mar
Quando ao me abraçar
Você foi
Pra nunca mais voltar
Você foi!

O que farei...
Quando a noite veio me visitar
E no Céu cada estrela vai me falar
Que você já mais voltará?
O que farei!
Se eu te levo onde quer que eu vá,
Se já não sei aonde te encontrar,
Se além de pensamento você está,
Se minha alma se encontra ao te encontrar
O que farei?

Mais por quê...
Coração não mais te abrigar,
Meus olhos murcham ao te olhar,
Meus braços apodrecem ao te abraçar,
Minha boca língua e dentes caem ao te beijar,
Meus sentidos param, não mais me obedecem
E tomam vida própria se vê você Chagar?

Vou gritar...
E o mundo com minhas lágrimas inundar
Vou rasgar...
Meu coração e as cartas para nunca mais lembrar
Vou botar...
um ponto final nesta historia
Para nunca mais tirar.

Minha presença

Minha presença no mundo é como almas dos puros, quase míngüem sente!
Quase míngüem sente a minha presença no mundo porque ela é como canto solitário que não se ouve a noite.
No meio do mundo a de existir um vale, e no oco desse vale um rio corre de modo tímido e silenciosamente e despercebidamente e despretensiosamente e solitariamente – esse rio sou eu e minha presença no mundo
No meio de tantas, tantas e tantas e tantas historias no livro da vida
Minha presença no mundo é uma página em branco que ainda não escrevi uma vírgula, salvo estas palavras agora, e já estou prestes a morrer!
Mas a minha presença no mundo é realmente muito menos do que tudo isso – é uma vida que não vive ainda
.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Liberdade

Eu poderia colocar em meu rosto o sorriso mais alegre, guardado há séculos, mesmo estando triste e vicie-versa e eu poderia falar que fiz tudo que ainda não fiz e que sei que não faria nunca; e daí quem saberia e podeia dizer que não? Mas não! Hoje estou aqui para dizer que esse grande é largo sorriso em meu rosto e ainda muito mais amarelo e pórtico do que aparenta, e que aquele grande livro de realizações e objectivos que tenho ainda não foi aberto uma misera página se quer e que escrever é a minha liberdade!

mar de lágrimas

Uma onda de tristeza se levantou do mar de mentirias que é minha vida,
E não pode haver surfistas para surfá-las porque não há pessoas e sonhos e também porque é tudo da mentira! Só o mar de lágrimas, que já fez de mar esse meu pequeno rio chamado coração, que é verdadeiro

sábado, 26 de junho de 2010

A carta que mandarei ( rasconho0... part 1, 2.1 e 3

24/04/2010
Poderia te mandar um e-mail, ou melhor, poderia te ligar; seria mais rápido, além do mais ouviria a tua voz e contra partida o meu coração bateria tão grave e rápido aponto de escutares; do outro lado da linha ouviria também a minha voz, e sei que tão grave ou quão rápido baterias o teu também, mas achei, e sei que tu também acharás bem o meu modo escrever-te essa carta.
Sabe por quê?
Por desculpa de desenhar aquele coração que há ai no fundo da carta, como nas margens de todas as folhas; e poder, com a minha letra simples e tosca, como por toda a carta, escrever o meu nome junto ao teu, também para dizer-te que daqui não há um só gesto que o faça sem antes pensar mil vezes em te.

aqui igualmente acontecerias: as nuvens se deszipariam do céu,
agora cinzento, e todos os outros sons ao meu redor se
transformariam no eco de tua voz, quando me disse '' Te amo''.
Então ou teria todos os poderes do mundo e transportar-me-ia para
perto de ti. – alias não. Todos não seriam preciso porque quando
estou perto de ti sou completo: em tempo, espaço, espírito, vida –
completo.
A luz que preciso vem dos teus olhos, a paz necessária ao mais
simples ser exala do teu perfume, a espada do forte e o escudo para
os fracos são cada um dos teus braços; teus cabelos, como águas
mansas, escorrem sobre teu resto, e ate o mais grave balançar e feito propositalmente para formar um singular arco-íris, que ao fim
Guarda ao teu coração.
E tu mostraste-me todo isso no primeiro segundo que teu olhar se
Cruzou com meu, porém, dona do tempo, tevês piedade, e
Seguraste-o

Trouxe uma foto tua, e isso tem feito os dias mais belos, mas faltas os teus gestos dando vida os meus e o teu corpo onde minha alma repousa seguro e em paz.
E quando a noite vem grito teu nome ao céu, e das nuvens, como flores, desabrocham todas as estrelas vestidas seus mais luzente trajes, mas falta
.
O meu quarto é bem tranquilo, e até bonito, mas faltam as mil vidas que há em te para afagar a solidão que os moves não afagam.


Peço-te perdão por, ao menos, pensar na possibilidade de fazê-la sofrer: seja ela em gestos, feitos ou palavras;
Peço-te perdão por haver a possibilidade de um dia lhe deixar, pois na estrada que seguimos a morte é a ultima parada; e por ser mais velho não quero viver nem um segundo a mais que a te. Quando eu partir, e quero que seja primeiro, não se preocupe, ainda assim não me esquecerei de te porque na minha alma também há um coração que bateras eternamente só por te; e os meus pensamentos, como uma fotografia, guardaram a tua imagem em minha alma também. Perdoa-me por neste momento não esta contigo, por favor, perdoa-me, mas vás lá fora e colhas, na brisa que gentilmente abraça as flores, um beijo meu, colha do sol um raio, que também lhe mando para te aquecer na noite fria sem mim...

Pode ser que aqui também me decepcione, mas te garanto que nem assim perco as esperanças. Contudo, estou chegando em breve. Não demorarei mais que o necessário; pelo contrario, se necessário for chegarei antes do previsto...

.

Sempre que reviramos o guarda roupas encontramos uma peça que ainda nos sirva, mesmo que velha. É esse guarda roupas sou eu; essa peça que sirva, na verdade peças, é o meu sonha de te encontrar; e venho por meio deste informa-lhe que ainda não te conheço, e se quer a encontrei, mas já posso não friamente e calculadamente errado, esperar por te, simplesmente, Porque confio no amor e em mim e em te, principalmente!
Aliás, mesmo sem saber quem tu és, sonho o nosso caminho passo a passo – nem tudo são flores nele, mas vale à pena segui-lo.

Quem serás tu? Quando e como virás? Não sei, mas já Te amo. Sei que tu neste momento estás a ri de mim. Pode rir, sou bobinho assim mesmo quando o assunto é amor...

Eu não sei em que caminhos passados, ou vida, nós nos encontramos, mas sei que já nos encontramos e é por isso que trago esse sinal em mim, que só tu sabes onde fica, pois foste tu mesmo que me marcou para que não nos perdêssemos novamente. A, pois cá estou – não o mostrá-lo vulgarmente, e sim deixando lacunas em minha vida e nos meus sonhos, me privando até de coisas essenciais a um homem; e tudo isso só para que tu, excepcionalmente tu o motes...

Todo o milagre alcançado vale o caminho do calvário e o peso da cruz e o– e o peso da minha cruz está valendo todo o caminho do calvário; assim também sei que a tua também, porque o milagre será nos dois...

Chego aos teus braços assim que resolver algumas pequenas pendências aqui. Mas como está difícil viu? Tenho muito medo, muito mesmo, de não conseguir agir, de não fazer vale a pena tudo o que eu aprendi antes de chegar, sem chegar até aqui. Mas eu confio em Deus e já pedir a Jesus que honrasse os meus propósitos com o seu nome... Ah, só a propósito: raiou-me “um novo dia no dia já raiado só porque pensei em ti...”

Aguarde-me que não me demore... Em breve, antes mesmo do que penses,estarei aí...

Não sei ao certo quanto tempo cá estou, Porque sei que estas comprimindo a promessa de segurá-lo para mim, afim que possa vivê-lo contigo. A verdade é que em sete dias resolvo o que preciso, e estarei de volta...

Oh, meu bem! Tu não sabes o quanto está difícil – por mais que eu tente não consigo me organizar – estou sem o meu farol, sem o meu ponto de equilíbrio, sem a minha bússola; estou alheio e aerio a tudo. Não me reconheço mais em frente ao espelho, meus olhos estão sem brilho – estou definhando! – como tu me vazes falta!
Não vou pedir que voltes porque sou eu que estou longe de te, mas peço-lhe que me mandes uma luz, uma estrela, das tantas que tens em tuas mãos, para iluminar-me e trazer luz aos meus olhos;
Peço-lhe que me recebas de novo com teu amor vida e casa e porto seguro e fonte dos prazeres...

Como esta aí, dá vidas a muitos anjos, que horas acordas, tens comido o quê, fala-me como tens passado os teus segundos, como está à arrumação de nosso quarto...?

Aquela carta... que me mandaste tinha pouca coisa escrita – oh! Esqueças todo que lhe perguntei ainda agora; e mande-me outra carta escrita apenas: 'te amo!', – como na passada.

Também lhe peço perdão por não te amar, e nem nunca te amar, como me amas – Quem bem fiz eu ao céu todos para merecer tamanha bênção assim?
Por isso também me perdoa! Sei que não gotas que eu pense assim. Tens me ensinado que todo homem mereces amor, mas poucos valorizam ser amados. De minha parte valorizo-te mito – não sei se os outros assim fazem com que os amam. No mais: apenas Te amo, Te amo e Te amo! E é por isso que Te amo...

Estou com a mente sobrecarregada de saudades, já não poso Pensar de tanto sentir saudades tua – mas não penses tu que por isso não estou pensando em te: Estou pensando em te com o coração, porque ele também pensa; e não fosse assim pararia. Há saudade nos braços, nas pernas, no chão onde piso, no sabonete que tomo banho e no ar que respiro – se o universo fosse eu, ele seria só saudade. Mas o que me contenta e saber que daí tu estas – ah, como é bom assim saber –, a esperar-me, vertendo saudade em amovibilidade...

Aguarde-me que não me demoro. Além do mais há sempre calma depois da tempestade – não me demore já estou a chegar...

Sei que tu não demoras e já estas a chegar – já estou ao pé do portão a espera-te, e já sinto ate o cheiro do teu perfume. – aguardo-te!
Sei que teu caminho és longo, mas que não tardas a chegar.

Vem de pressa pra mim – se que podes!
Vem, por favor, vem de pressa pra mim. No entanto não te angustie porque a frescor na minha pressa e calma no meu desespero e pudor na minha ânsia; mas vem, vem de pressa, por favor, vem de pressa para mim!!
Andando hoje pela rua, percebe que os pedestres não tinham rosto, mas sim uma interrogação.
Era a minha própria rogativa aos céus, ao universo, perguntando em quais deles te encontraria

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quero um amor

Quero um amor que resista ao tempo e ao vento,
Que sabia se eternizar e se renovar
na beleza de cada momento;
Que saiba se reforçar na tristeza
que trouxe o momento -
Quero-o assim:
simples, mas perfeito,
não idealizado porém feito pra mim,
Não mendigado e sim dado,
Que comece e não saiba mais ter fim.
Apesar de haver rima nestes simples versos
não sou nenhum dos grandes poetas
porém, quem sebe eles, na humildade de seus versos,
também os escreveriam assim?
Porque afinal quem é que quer dor
ao invés de amor?

domingo, 6 de junho de 2010

Antecipação

O desgosto ou o gozo da frustração, mesmo antes de frustrada, é uma das coisas que se sentem por antecipação. É como, por exemplo, se um lutador, de casa mesmo, sem lutar, fosse derrotado; então indo ele ou não ao combate o resultado seria igual. Sinto isto quando penso na vida!

Antes de agir ,até mesmo de pensar, e preciso ter um visão de fim de tudo : de quem pensou, do que pensou, do que seria – assim doí mesmo a frustração e se tem consciência que todo está a um paço do fim.

Se matarem quem tu gastas – deixe.
Se tu sofres e também queres morrer por isso, não morras! Apenas deixe! – apenas foram primeiro – é certo que a vida, apesar de curta faz-nos falta, principalmente os que foram cedo de mais ou antes que do esperavas; mas se já sabes que a morte é o fim de todos ? Sofres desde agora, então!

È esse o sentido de sofres por antecipação! Não é uma visão pessimista de tudo; é, antes de tudo, o tesouro agridoce dos que pensam.

Os familiares, amigos, bichos ,coisas que tu amas: Que te custas gastar agora, antes de vê-los acabados e finados, uma ou vinte lágrimas das tantas que gastarás? Gaste-as logo. Abatas um pouco a tua divida com o sofrimento. chores logo rios, antes do mar de lágrimas que chorarás.

Tires um dia para sofreres a ermo; porque o fim de tudo, o sofrimento por todos e por tudo mais cedo ou mais tarde vem e tu já sabes disso. Sofrer por antecipação é o melhor curso para aprender a lidar com o sofrimento. Ainda mais hoje em dia.

Mas tinhas calma – ou vires logo o barco de uma vez porque o naufrago é inevitável!

Mas vamos sonhar, ; se for para o “bem, que mal tem?”


Ah, se a vida fosse um ler um bom livro: a viagem em algo desconhecido e inimaginável,o gostoso que não tem gosto, o tudo que se descreve sem palavras.
Ah, se a vida fosse um final de novela ou se tudo noticiado nos jornais fosse só literatura...
Ah, se não houvesse essa mão negra que macula todo que há da terra ao céu...
Ah, se a vida fosse sempre um passado onde não houvesse o que no futuro haveria ou se,ao mesmo, - por favor,- houvesse um novo futuro: diferente do previsto para o antigo, quando ruim!
Ah, se a amarga antecipação do caos e de mim e da calmaria e da paz e da vida, fosse só fúteis imaginações.

Minha alma anseia por um tempo ,lugar ou modo de vida, onde se viva sem a âncora do medo e da morte e da violência, afundando os pensamentos em mares de angustiosas antecipações.
Quanto mais tenho consciência que tudo passa , e de todo nada fica mais tenho vontade de viver a vida inventada, mistificada; porque é numa geleira que a realidade nos lança e nela há pouca gente. Mas infelizmente o meu cérebro estar um milésimo de segundo mais pensante

Luz

eu vi...
o seu olhar
no meu olhar,
Eu vi a vida
no seu olhar em meu olhar,
eu vi o mel do seu olhar
curar o fel ao mim olhar.

Ao te olhar
mal pude acreditar,
que o seu olhar emitia luz
nas trevas do meu olhar

como um pássaro quis voar
em direção ao seu olhar
mas não tive asas para voar
porque o seu olhar
era o meu próprio olhar
a te procurar a te procurar a te procurar

Sentindo saudades

Eu mal comecei a escrever sobre a minha vida, e já vejo que tenho que ir contra a aquilo que escrevi há alguns meses atrás. Como nada de sentir saudade, falei eu um dia. A saudade não é algo substancial como um objecto,por exemplo, que escolhemos tocar ou não, muito menos é algo tangível; simplesmente sentimos

Quem no mundo já sentiu saudades porque quis, ou ao menos levantou-se e gritou ao mundo: “ não, hoje eu não quero sentir saudades”, e não sentiu realmente saudades? Pois eu sinto saudades, sim e sentir e sentirei saudades sim, sempre que for preciso. Se um dia eu falei que não era a mias clara mentira. O que adianta eu mentir para os outros,e aliás o que eles sabem de mim, e também o que adianta mentir a si próprio? Ai, meu Deus, se o meu silencio pudesse desenhar ou falar, nem sei o que seria de mim.

A palavra não tem poder algum contra um sentimento, qualquer outra coisa pode ser que tenha, menos a palavra; a palavra não! Uma prova disso é esse relato ( pelo menos a minha própria prova)


Uma vez eu sentir tanta saudade,mais tanta saudade, uma saudade sem fim, e ainda hoje, porém, mesmo depois de ter falado que não a sentiria. Talvez ela esteja hoje ainda maior que antes, porque antes era como se eu tivesse perdido um dedo qualquer da mão direita, e hoje já me sinto completamente sem braço. É assam que a saudade age. Cada vez que o tempo vai passando ela vai amputando alguma parte da gente,as vezes pode ocorrer que se esconda em algum lugar secreto em nós ou até mesmo fora de nós como em uma musica, por exemplo; e isso geralmente não acontece comigo; e quando ela se esconde em nós vai tão profundo que chega a a dar dó, e fica lá paradona , como um câncer.

Aquela saudade que eu diz não mais sentir hoje está me matando; e esse pequeno relato qui a alguns linhas concluo funciona como um exame de raio x. Hoje, por via deste descobrir que ela está no centro do meu peito. Está cá e não quer sair, não quer sair, não quer sair não, não quer!

sábado, 5 de junho de 2010

Por me conhecer!

Esse caminho eu já o conheço tão bem;
tão que ate já sou escravo dele...

caminho.
caminhos... dos muitos no mundo e na vida por que eu foi seguir logo esse, pergunta meu coração.

Solução não há. Só seguir enfrente mesmo – enfrente ate quando, pergunta meu coração.

Se ao menos ousasse trocar de caminho, sei que andaria literalmente muito, mais muito mais feliz, mas não ouso – não ousa por que, pergunta meu coração. Porém minha boca nada diz!

Ah...! sei que doí reconhecer, mas reconheço! ( já não é primeira vez) : sou o meu pior inimigo. Sou as própria placas de sensualização que sempre me fazem perde o rumo ao um “caminho certo”, já sou até aos obstáculos que ainda nem são quem dificultarão, e muitas fezes ate me impedirão de seguir viagem, nos caminhas que ainda passarei – farei isso por me conhecer, diz meu coração.

Por me conhecer, julgo o certo errado e o errado certo e faço sempre o que não era para ser feito e quase nunca penso se teria outro tipo de escolha – assim faço simplesmente por me conhecer; mas é mentira... MEN -TI- RA, argumenta contra isso o meu coração. E meus olhos confirmam com solitárias e secretas lágrimas.

Penso em escrever um livro um dia, e queria, ao menos, interpretar de alguma forma a agonia que arde dentro de mim! Não, não tenho o peito tão largo e a alma tão sensível como realmente queria ter!

Sem mais delongas, simplesmente só queria que os meus relatos, que são antes de tudo mais toscos que todo, fossem mentira; mas Não SÃO, responde o meu coração.

Eu é que sei as marcas que o tempo tem me deixado e...
E eu é que sei as chagas que tenho suportado, gritou agora o meu coração. Porém não foi o meu coração quem gritou, porque ele só bate. Quem grita e chora e lamenta e escreve e queria que todo fosse mentira sou eu – por me conhecer!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A mão escreve também sabe chorar

os meus versos que já eram calados
estão vendo o silêncio os emudecer ainda mais

nada para contar do tanto que tenho para dizer
que está perdido em meio a tamanho silencio agara.

Algo ficou perdido lá atras...

A mão que escreve
só escreve porque também saber chorar.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Só no largo Mundo

O telefone que não tenho não quer toca ;e mesmo se o tivesse
seria provável que também nem tocaria. Nenhuma menagem, do que quer seja, no e-mail – imagine cartas –, mas também elas, essas
não chegaram e tão pouco chegarão . Na rua onde moro, nenhum ascenso de mão(cabeça ou até de desprezo) novo, ate mesmo o ultimo já nem me lembro mais quando foi. Apesar disso tudo, todos os dia carregaria meu telefone e colocaria créditos; acesso diariamente o correio virtual e a caixa de correios real e fico alguns instantes enfrente a porta de casa – Em vão tudo isso!
Embora já esperava isso, ate mesmo de ente mão;era só a certeza duvidando da duvida – eu duvidava que teria algo lá...
Luz no meu quarto apagada, cabeça no travesseiro duro: ''estou só no largo mundo.'' Essa frase não é minha, não obstante,quisera eu ter a ''inventado'' hoje pela premeria vez.
A rua onde moro é larga e muito clara e passam muitas pessoas e passam muitos carros também. Ainda que ( misteriosamente) a luz e as muitas pessoas quem passam e também os muitos carros que nela passam, não passem de fronte a minha casa; e o asfalto acabou a alguns metros antes dela. alem disso, minha casa fica na entrada de uma viela e o fundo do meu quintal dá em um beco sem saída.
Mas há vida na minha vida , e ela não está aprisionada e tenho boa saúde e acredito no amor. Não sou dinâmico e nem digital, mas sou analógico e também carinhoso. Não frequento o extremo de certas coisas ou atitudes , embora não seja conta a elas, mas penso que é melhor ser neutro do que ter pavio curto, além do que acredito que o meio terno leve sempre ao melhor caminho. Não sou vulgar,
porém sou fácil, por outro lado, nunca 'catei papel na ventania', mas também espero sempre por alguém. Tenho pena do mundo, das pessoas e também de mim e tenho medo do escuro. Ainda mais a noite e quando sempre estou só – alias, nunca deixo a luz do meu quarto apagada. A luz que nele se apaga , sobre tudo, é a de gente: brilho nos olhos, abraço apertado, toalhas molhas pelo o chão, pergunta e resposta, um ser frente ao outro.
Estou só no largo mundo e ao mesmo tempo acompanhado – a solidão é culpa minha … Estou lúcido e alheio a isso tudo: - a mim, do que quis e fiz, do quis, mas não fiz e do que poderia ter sido no conjunto da obra. Sou triste porque ainda não me liberei por completo e também porque o chão aqui é muito duro e nem mesmo o sol aquece aquele certo frio; e feliz porque estou vivo; e sobrevivo, a cada dia, a própria tragédia que sou

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Medo Contemporâneo


É tempo de dormir, sem dormi, com um olho aberto e o outro fingindo fechado, de vida na cadeia e de sonho encurralado... Tempo de telefones grampeados, de antecipação da tragédia e tristeza e de o simples comentaria depois. É tempo de jornais manchados de vermelho e de preto e não de literatura colorida.
...
''olha. O palhaço.'' ''Fica quieto. O jornal. Morreu três. vai passar'' È tempo de mar vermelho nas famílias e o luto e ausência nos retratos.
...
Nos hospitais faltam sangue. Por outro lado sobra-se sangue nas praças, porém coagulado.

Onde é o esconderijo mais fundo e secreto, será possível que
todos se esconderam lá; então não há mais gente boa na humanidade?

Além do mais, é tempo de prisão domiciliar, mas só para os inocentes; e apesar das grades, Lajes, cerca eléctrica, segurança particular: nem debaixo da cama estar-se mais seguro! . É tempo de lágrimas nos olhos e pedra no coração e metal nas almas e de curtos ''relacionamentos'' e nem um perdão – É tempo de dor e da lei de Talião
...
O silêncio ao redor antecipa a noticia e também tragédia: morte ou morreu. E os gritos anunciam, de longe, que o ''feito'' deu certo: Pode tomar posse do cargo, pode liderar a ''boca'', ''estar salva a propriedade'', ''quem com ferro fere,com ferro será ferido”
...

Crianças nascem chorando e também morrem chorando, antes mesmo de tempo de recém-nascidas.
...
Facas de cozinha já não corta mais o pão; e as famílias não estão mais completas á mesa
. A morte agora é lei e fatalidade e solução para a humanidade; e cada qual a carrega consigo não como, ou por, uma fatalidade e lei, mas como um modo de sobrevivência – È o novo ''hobby'' mundial também.
De onde vem tanta dor?

...
Se a morte for do Brasil – imagine o que ele fará quando for do premeio mundo? – E se é do mundo ela é humanidade.
Mas a morte também é ciência; sendo assim precisa de um '' cientista'' para descobri-la. É quem É Humanidade O Cientista!? Também a morte sempre quando vem trás a desculpa – Então ela inventou o ser humano; e o ser humano por sua vez(quem sabe até para se vingar dela – do jeito que ele é!) inventou a violência e por fim a criatura se voltou contra o seu criador.
...
''Morte?'' – noticia apenas.
Quem morreu não se sabe; ''foi apenas mais um''; “Ah, morreu? 'Antes ele do que eu'!” Mas agora e hora do futebol :“vamos mudar de assunto. Troca logo de canal ai e 'trás' as 'brejas'.

...
Chegou (desde muitos antes) “ um tempo e que não se diz mais: meu Deus”, agora “ a vida é uma ordem. A vida penas, sem mistificação”.

Tudo até aqui escrito, é de quem e para quem, o escreve – 'pleonasticamente' falando. Apesar disso, espero que alguém o leia – e até ,fatalmente, pode acontecer um dia... Assim sendo, quero dizer algo mais: É coisa bem simples – como tudo que vier de mim, mas que me ache a esperança d'água, como a boca de quem viu um delicioso doce! Na verdade, porém só a alma, que literalmente, se enche de água e é por chorar muito e por não preencher e por não ser o que o pensamento tateou:
– Eu queria ser um esconderijo secreto e escondido, mas que pensasse e amasse. Além do mais, que é que iria me achar lá? Estaria finalmente em paz;
– Eu queria ser o céu.: – É que eu fosse acompanhado pelo o sol durante o dia, a noite pela lua e estreles e que nos amassemos e vivêssemos em comunhão, assim como o tempo e a eternidade; e que lá... abaixo,na humanidade, quando a ' coisa' estivesse feia as nuvens cobrissem meus olhos e que por esse feito eu, em agradecimento, as banhassem com as minhas lagrimas, mas que não houvesse dor por isso e nem humanidade. Assim eu não choraria nunca; viveria sempre amando as estrelas e a lua e em comunhão com a eternidade;
– Eu queria ser o sol: – Muito quente e fatal a quem se aproxima muito, suspenso no universo e longe do homem e da coisas do homem e da maldade do homem.
– Eu queria ser o futuro: – e sendo o futuro eu pularia o que de mal me fosse acontecer principalmente quando eu plantasse flores e quando fosse hora de colher colhesse pedras.
– Eu queria ser o escritor da vida. ( não Deus, porque só o senhor é Deus) porém, e sendo eu o escritor da vida, não criaria milhões e milhões de historia para as vidas todas do mundo, nem um grande livro de modelo para essas ( não blasfemo contra a Bíblia, não!)... escreveria só a minha e ao meu modo. feito isso deitaria na minha cama com minha amada esposa, e estaria certo que nada de mal me aconteceria e que o mundo estava em paz;
– Eu queria ser um grão de areia ou um grão de pólen e de que tão pequeno bala pedida não me encontrasse; fora isso teria,respectivamente, ainda o mar aos meus pés e todos os dias pássaros me transportaria em seus meigos bicos e me depositaria numa flor e assim eu floresceria eternamente no campo da paz e em paz;
– Eu queria ser uma flor blindada e invisível a todo mal feitor; e
que estivesse numa espécie de vaso blindado; porém, mesmo assim no meu estado de flor: com perfume e forma e cor.
-
Eu queria ser um fotografia, mas boa, de um momento bom; e assim eternizado como fotografia eu, primeiro, me guardaria lá... no meu secreto esconderijo secreto, depois amava e movimentava e criava minha família, mas em silêncio porque seria um fotografia, com disse Drummond
– Eu queria ser um declaração de amor: – feita de coração e que coubesse, sem restrição e de todo o meu tamanho, dentro de um outro coração.
– Eu queria que não houvesse o mundo ou pelo menos os derivados do homem e houvesse só a vácuo e escuridão e silencio – seria sem graça, o mundo assim – entretanto, não teríamos que perder a graça da vida( ainda mais se brutalmente) quando ela tivesse ficando boa.
– Eu queria que o que escrevesse não fosse só literatura!
– Eu queria ser o perdão para me perdoar por ter que pensar assim! E sendo o perdão eu já me perdoei, mas não esqueci que tive que pensar assim. Mas, afinal, o perdão é um alivio e não uma plástica, pois não apaga cicatrizes – pelo menos as minha, não!

Seja

Se o que escrevo não for poesia,também pouco me importa. Além do mais não posso ser nem um Drummond. Mas realmente me tenho algo coçando o celebro e angustiando o coração – antes de tudo medo e angustia do mundo e do homem no coração, que angustia meu celebro e aperta minha alma. E se estou sem fazer nada e com uma folha de papel em mãos, porque não escrever? Se não for poesia o que escrevo – não importa. E mesmo que fosse, essa angustia e essa medo que tenho não passaria.

Ave Carniceira

Sou Ave carniceira espreitando,sempre, a carcaça de mim mesmo – sempre!
Se esperava algo melhor de mim, por mais longe que fosse,sempre iria buscar, mas fiquei só no esperar mesmo. A única coisa que (fiz) faço de útil e de certo e bom, é ser sempre aquela ave carniceira espreitando a carcaça de mim mesmo.

Sonhos?! – Tive. Se os realizei e se os vou realizar – não sei; e custa acreditar que sim: Sei que sou Ave carniceira. Pois bem.

- sim, pois bem ,mas por que ave carniceira? - Mas afinal o que pode um vivo morto colher da vida senão nada ou talvez seus próprios ossos? Pois bem.
Mas ainda assim por que Ave carniceira? Se há beija-flores e borboletas, Galos da Serras e Sabias e todos os demais pássaros que vivem ao redor das flores e frutos, quem bebem água na fonte e que andam na imensa estrada azul sem nada pegar?

Quem pode o um movimento fingindo senão não acontecer e de que vale a beleza do mundo para os cegos de alma e de que vale a leveza das coisas para os que ainda assim a percebem?

Já não sei o que sei e nem o que supus que sabia. Tenho só algumas vísceras na boca, conto algumas ossos ,mais quebrados que inteiros, pelo o chão; os olhos agora já não vêem quase nada e nem a boca sente quase nada também e o coração já se recusa a bater. Ainda assim, levanto voo com um pequeno pedaço de vida na boca,mas caio e morro; na carcaça de mim mesmo.

"Só no largo Mundo"

O telefone que não tenho não quer toca ;e mesmo se o tivesse
seria provável que também nem tocaria. Nenhuma menagem, do que quer seja, no e-mail – imagine cartas –, mas também elas, essas
não chegaram. Na rua onde moro, nenhum ascenso de mão(cabeça ou até de desprezo) novo, ate mesmo o ultimo já nem me lembro mais quando foi. Apesar disso tudo, todos os dia carregaria meu telefone e colocaria créditos; acesso diariamente o correio virtual e a caixa de correios real e fico alguns instantes enfrente a porta de casa – Em vão tudo isso!
Embora já esperava isso, ate mesmo de ente mão;era só a certeza duvidando da duvida – eu duvidava que teria algo lá...
Luz no meu quarto apagada, cabeça no travesseiro duro: ''estou só no largo mundo.'' Essa frase não é minha, não obstante,quisera eu ter a ''inventado'' hoje pela premeria vez.
A rua onde moro é larga e muito clara e passam muitas pessoas e passam muitos carros também. Ainda que ( misteriosamente) a luz e as muitas pessoas quem passam e também os muitos carros que nela passam, não passem de fronte a minha casa; e o asfalto acabou a alguns metros antes dela. alem disso, minha casa fica na entrada de uma viela e o fundo do meu quintal dá em um beco sem saída.
Mas há vida na minha vida , e ela não está aprisionada e tenho boa saúde e acredito no amor. Não sou dinâmico e nem digital, mas sou analógico e também carinhoso. Não frequento o extremo de certas coisas ou atitudes , embora não seja conta a elas, mas penso que é melhor ser neutro do que ter pavio curto, além do que acredito que o meio terno leve sempre ao melhor caminho. Não sou vulgar,
porém sou fácil, por outro lado, nunca 'catei papel na ventania', mas também espero sempre por alguém. Tenho pena do mundo, das pessoas e também de mim e tenho medo do escuro. Ainda mais a noite e quando sempre estou só – nunca deixo a luz do meu quarto apagada. A luz que nele se apaga , sobre tudo, é a de gente: brilho nos olhos, abraço apertado, toalhas molhas pelo o chão, pergunta e resposta, um ser frente ao outro.
Estou lúcido e alheio a isso tudo: - a mim, do que quis e fiz, do quis, mas não fiz e do que poderia ter sido no conjunto da obra. Sou triste porque ainda não me liberei por completo e porque o chão aqui é muito duro e nem mesmo o sol aquece aquele certo frio; e feliz porque estou vivo; e sobrevivo a própria tragédia que sou.

Se eu fosse

Eu seria tanto se eu fosse o que poderia ter sido
porém pensar assim é como caminhar na areia e não deixar passos:
''O que não foi (nunca será nada ) não é nada'', e pensar não é ser: – É querer.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A dor de Dente

Na praça a posa de sangue prossegue secando até que as autoridades joguem terra por cima; depois de algum tempo a prefeitura mandará alguns empregados pegarem-na, se é que mandará. Sobre ela os jornais noticiam: previsões do tempo, as atracções da festa do próximo sábado, o ultimo time de futebol campeão de qualquer torneio, a repetição do ultimo capitulo da novela. Por sua vez nos shoppings, bares, restaurantes, gabinetes, fundo de oficinas, em cima das lajes, barracas de 'espetinho', os copos com cerveja saúdam,nos próximo dias e sempre,o luto da nação. E continuam as noticias , nos jornais, sobre a dor de dente que só aumenta, mas agora seguem também, nas revistas, os comentários de génios, filósofos, bêbados , mendigos e baratas : “A dor de dente não pára, e provavelmente não parará,mas vivi-se bem com ela.” Em quanto isso o dinamismo e a leveza do caos – não, caos não! – da dor de dente segue calmamente.
As filas de pessoas nos supermercados , nos cinemas, de desempregados provam que o cotidiano apenas sobrevive. Mas,fatalmente e infelizmente, para todos esses e demais
, por causa da dor de dente, um dia caíra um dente aqui, depois cairão todos o dentes acolá , mais tarde a boca em quem estão os dentes, depois de algum tempo a vida que tem a boca em que estão os dentes. E seguiram-se os comentários: “…, vivi-se bem com ela”.
Nisto o dentista,que ainda nem se formal em dentista, está em casa deitado, esperando organizar a imensa fila que se formou no consultório publico que e ele ainda não trabalhar,(em qual deverá trabalhar 5 vezes por semana, mas só ira 2 ), com dor de dente.
“ O ano que vem tem eleições 'para todos os cargos'...” “ O novo presidente toma posse hoje; será que ela vai dar um jeito nessa dor de dente?” Mas o novo presidente já saiu; e aquele futuro ex-dentista, acabou de morrer com dor de dente.
E no futuro pararão todas as noticias, não porque a dor de dente cessou, mas porque todos...

Fim.

Fotografia



Em meus sonhos abstractos
Tentarei ser mais concreto
Mas naquele velho retrato
Viverá para sempre meu amor secreto.

O guerreiro que um dia fui voltou ferido
E cheio de saúde para continuar,
E mesmo em caminhos perdidos
De tanto procurar o amor,
O amor um dia o procurará.

Mas agora o que fica
È uma tristeza amiga,
Uma
mágoa agridoce e aceitável,
solidão que não dói nem alivia.

O passado daquela imagem se renovará cada dia
Ate que de contente passe a descontente.
O sentimento ,como uma fotografia,
permanecerá entre a parede que não o coloquei
E a fotografia que não terei,
E terá sempre o gosto de saudade e perdição;
pena que ele seja áspero e espinhoso.

No entanto, sou o própria ''Estácio''
querendo ser o ''Estevão'',
Esperando assim a tragédia menor para meu o coração.

terça-feira, 30 de março de 2010

Mensagem



A saudade é água que desce lá da fonte
Que vem destruindo os montes
E quer ganhar o mar sem fim

A saudade é um vale,
Onde o sentimento se esconde,
Que se entrar por não sei onde
Depois ver que não tem mais fim.

A saudade é um prazer
Meio doce e ruim
Que se prova uma vez,
Duas... Três...
Depois ver que não mais fim

A saudade é noite sem luar,
Praia sem mar
Esperando a hora certa para se consumar

A saudade é um horizonte
Onde o sol não se esconde
É o grito que a vida grita um vez

depois ver que não tem mais fim

A saudade é aquela despedia
Que não tem hora para terminar,
È a faísca que faz aquele... aquele fogo queimar,
É a mensagem que o coração manda
Quando descobre o que é amar.


Quem sou

segunda-feira, 29 de março de 2010

pacífico


Eu queria se um ser ou pensamento
Que a morte não tocasse
Eu queria ser um pensamento ou sentimento
Que a violência desconhecesse
E vivendo em paz
Eu queria ser a existência e o infinito.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Às vezes é preciso uma chance


Às vezes é preciso uma chance...
Mas que ela não mude o que passou _
Porque também houve alegria nas lágrimas que se chorou
Mas que mude o que virá
E ,também, o que o selênico pode mudar.

Às vezes, também, é preciso ler o “b-aba”.
Falar tudo que se tem pra falar _
Mas se não houver uma chance _
Essa voz nunca se pronunciará.

Tem coisas que se diz ate sem se falar
É fácil....
É só da uma chance... _ e acreditar!

Aos que acreditam no destino
Também e preciso um chance...
Que é o próprio acreditar.
... E assim no amor _
Que é amar...
Na vida _
Que é sonhar...
No perdão...
Que é perdoar.

As coisas positivas
Podem sempre melhorar
As negativas
Existe sempre uma chance de mudar.

Mas... Existem coisas
Que nem uma chance pode mudar
E a única chance que se tem
É uma chance não se dar
Então basta ambos os lados respeitarem
As soma das chances dos que querem
E as dos que não podem dar.

Não matei o rato!


Talvez ele seja completo por ser rato,
E Por si bastar como rato.
E eu talvez não seja nada por ser homem,
E achar que sou completo;
Por pensar que sou melhor que um rato
Se ambos partimos do mesmo fiapo de sentido,
E da infinita complexidade de se uma criatura!...

Aqueles olhos piedosos que não falam, mas falaram as palavras mais doces:

_ não... Por favor... A idéia de superioridade é uma mal de raiz!...

Qual ser que encurralado não atacaria?
Quais olhos que em face de tamanha maldade
Não amaldiçoaria também seu mal feitor?
Mas perdoaram como a vida perdoa a morte na ressurreição eterna,
Como a frase perdoa o ponto final que a gramática coloca em sua vida!
E o seu perdão me faz também Perdoar, a tempo,
A mão que já lançava sobre sua vida a atitude fatal _

Não matei o rato.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Às vezes quando sobra um pouco de esperança


Às vezes quando sobra um pouco de esperança,
É preciso renascer em te mesmo e em outro lugar,
Onde tudo pareça novo... Velho e sem experiência.
Também, é preciso deixar que o rio corra a caminha do mar.
Mas que o mar seja sempre um horizonte distante a se fitar,
Um farol perdido com nostalgias de luz!

Às vezes quando sobra um pouco de lembrança
É preciso docemente lembrar...
Mas que a lembrança seja simples e leve com a bruma
E que sua a espuma
Rapidamente Se desovar no ar

Às vezes quando sobra um pouco paixão
É preciso ensinar o coração
A dizer não.
Mas do que adianta ensinar o coração dizer não
Se sua função é bombear, e não falar?

Às vezes quando sobra um pouco de esperança,
Às vezes quando sobra um pouco de lembrança,
Às vezes quando sobra um pouco paixão
É preciso ter cuidado...
Porque se não,
Como um milagre, todo o peixe pescado, morto, volta para o mar.

Se mesmo assim
Às vezes quando sobra um pouco de alguma coisa similar à esperança,
Não é preciso, assim, uma borracha, e se apagar?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Chorando aos pés de Deus

Meu Deus!
Que caminhos contrários eu andai
Para estar assim tão longe...
Tão longe do que sempre sonhei?
Que pragas malignas pousaram em minha sorte
Que ventos tormentoso sopraram assim tão forte...
Tão forte que viraram o meu mundo,
Levaram minha sorte?

Meu Deus!
Há exércitos que se unem
E levam o que é meu
Mesmo que eu os grite:
_ foi Deus quem me deu

Meu Deus
Que mãos vadias roubaram
O mel que eu lhe pedir
Restando só o fel pra mim?
Que ouvido cruel escutou
O amor que lhe pedir
Deixando só o desamor pra mim?

Meu Deus
O que a de errado com meu querer
Será que tudo que quero
É proibido querer?
Será que toda vida que espero
Antes de chegar a mim, tem de morrer?

Meu Deus
Às vezes penso que nem tenho coração
De tanto que a vida me disse não _
Será que ele se foi em um desses não
Ditos em vão?
Mas o que bate em meu peito então?
_Sei lá... Às vezes ele nem bate (se é que ele bate) por vicio da rotina,
Sofre mesmo por vicio da rotina!


Meu Deus
Ensina-me e ser leve com o ar,
Voar como a águia,
Ser forte igual à rocha,
Grande como o mar;
E acolha-me aos seus pés
Neste momento que eu só sei chorar

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Naufrago

Ali vai o meu sonho:
Tão leva e tão divino:
Depois que ele acordar
Sei que não saberei mais sonhar

Ali vai o meu sol:
Vai luzindo no céu traiçoeiro
Mas depois que a noite acordar
Sei que ele não saberá mais brilhar


Ali estar o mar
E suas ondas que vem e que vão
Inundam minha vastidão,
E como uma sereia
Parece-me enfeitiçar_

Assim como o rio
Minhas chagas correm para o mar_
Mais todos também parece
Lançar suas feridas ao mar

Aqui vou eu
Dentro de um navio,
Que é o próprio eu,
Sobre o mar – imenso e calmo mar
Que mais cedo ou mais tarde
Irá me afogar!


Assim foi tudo que sou:
Sempre uma amargurar a curar
Sempre uma nova amargura a magoar
Sempre um sol a se apagar
Sempre um sonho a se frustrar
Sempre um navio a naufragar_

Sempre que achei certo
O que já era certo
Já não era certo se achar
E boquiaberto, esperei quieto,
Uma nova chance de achar


Para o mar eu vou indo,
Vou indo para o mar

E o medo me constringindo...

E o sol desluzindo..

O sonho fugindo...

E lá no fundo do mar
Para sempre
Meu navio vai caindo

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Entrevista

Escrevo por perfeita intimidade ou por simples vontade de escrever, mas entre estas entre linhas há uma misteriosa voz a me chamar.
Também busco prazer como quem busca prazer no sexo e, tenho inspirações como quem tem orgasmos precoces e multiplico_ Às vezes ouço mil vozes sussurrar ao ouvido em plana a sala vazia...

A todo o momento sinto necessidade de estar com uma folha de papel em mãos para dar vida os pensamentos que vêm visitar-me_ Esses tão Impossíveis que caminham sobre a água, e se existissem não teriam o menor sentido realiza-los ou imagina-los. Mas a extrema vontade costura a doçura de tê-los esmagando as impossibilidades.... Imaginem ai:
Um homem com a delicadeza das flores, pureza das crianças; com força do amor e a calma do tempo, guiado pela constância e amor a vida, trazendo o balsamo Perdido pela a humanidade e para suas catástrofes.
_Pois é! Existe esse homem, ta lá no meu modo...
E onde fica esse mundo,
Fica pra lá das barreiras da imaginação, entre as fronteiras do ser e precisar existir. E tão fácil construí-lo: levo-o na ponta da caneta, ergo-o em qualquer folha de papel em branco.

Perguntaram-me o que possuo vivendo de imaginação..., e de novo respondo que a imaginação e a realidade estão de mãos dadas formando um ponho de aço que tese verdades surreais por vontade de existir.

...Eu sei que em mim, e alem de mim, há um pensamento, um desejo, que eu como autor ou interprete ainda não criei ou interpretei. Sinto que há um verso a fazer, uma musica a compor, um livro a escrever, uma dor a sentir, algo a perder ou conquistar, um gesto qualquer que possam expressar essa cobrança insaciável que grita em mim.
Corre, incansavelmente, na minha alma um rio que busca ensinar-me o caminho para o mar. lá estarão os versos que farei, as letras por compor, estarão também às dores e alegrias que alargaram o meu coração...

Existe uma lágrima por rolar, capaz de inundar todo o meu ser; um grito, talvez, por todos os que se calou ,que vêm me abraçar quando todo é silencio, duvida e solidão. Talvez seja porque a angustia acaricie minhas dores, e as lágrimas lavem minha alma, fazendo me escrever e, consequentemente, arrancar de dentro de mim todas as lágrimas e gritos ocultos.

...Nunca a dor alheia foi motivo para alegria ou de orgulho, jamais a inveja foi mais longe do que a admiração, orgulho e carinho, que tenho pelos os que Vencem. Sempre participei do choro dos derrotados, e dos gritos dos desesperados_ como uma válvula de escape.
Sempre doei meu coração a ouvir lamentos suspensos no ar, a sentir percas que nunca foram minhas. Por isso os meus pés conhecem caminhos que eu nunca passei, e que meus olhos jamais Viram. Há feridas em meu corpo de batalhas que nunca participei, há grudado em minha alma toda a subjectividade dos que sonham e nunca realizam, e a sempre mais espaço para todo.
..._Um dia pararei séculos e séculos só para escrever, só pra conversar com a minha" poesia".... Mas agora não, agora há vida...! Tenho trabalhos a fazer, deveres a cumprir... Mais agora não_ Agora paro no tempo... E já não sinto falta de nada. Estou na minha melhor companhia...

...Quem me dera escrevendo, um dia, curar os doentes, alcançar os desesperados e oferecer ao menos um minuto de paz, reviver os mortos revigorar os vivos, ser mágico, divino. No entanto basto-me escrevendo a mim mesmo, e se o pudesse não me bastaria..

...Passarias horas escrevendo aqui que se multiplicaria em vidas, mas já é tarde, há muita realidade pra sonhar, pouco tempo pra dormir e pouca realidade pra acordar_ E a muito sei que estou a sós nessa sala!

Impuro

Passeando no futuro, em noites desconhecidas, descobrir você...
Você Vinha cheio de um ar de mistério, olhos fundos cansados de saltar noites,
Porém pousados numa paz sem fim;
Cabelos negros e lisos, soltos como ondas, imensos como o mar,
Lábios carnudos, vermelhos e virgens.
Braços e pernas fortes, mas sem ultrapassar as barreiras da delicadeza _ mãos prostradas, em louvor ao belo.
Corpo desenhado entre o magro e o ideal
Pele gentilmente branco, corando-se a qualquer gosto _ suave como uma pétala de flor.
Altura concordando com o desejo de qualquer um
No coração a sensibilidade e inocência das crianças _ alma pura sem pretensão de se contagiar.
Foi quando ultrapassei a barreira do tempo
Fazendo presente o futuro, e toquei você
Manchando o primoroso corpo que trazia sua perfeita alma,
Quebrando-o em mil pedaços com o martelo da minha luxuria...
...E então um milagre aconteceu e você se recompôs
E disse sorrindo:
_ bicho homem prevenisse de te mesmo.
No entanto exclamou, Deixe-me aqui num futuro que nunca chegará para você,
E levou minha alma na promessa de purificá-la e traze-la num futuro que eu sei que nunca chegará.

Circulo vicioso


A cada fuga uma nova fuga que se repetirá
E um novo e velho sonho que se perderá, frustrará...
No momento da escolha não há duvidas, mas também não tenho escolha _
Tenho que desistir!
- E continuo afogado no próprio medo que construir.
Às vezes sigo revolto com lágrimas nos olhos, cansaço na lama, com enormes feridas no coração,
Mesmo assim tenho que desistir _
O orgulho detrói-me, a oportunidade constroi-me, contudo destruo tudo com meu medo de aço.
Só à noite, quando pensando no que perdi, sinto dó e nojo de mim.
Ai vem o futuro trazendo todo o passado e, vejo que o que já perdi nem se compara com que ainda perderei.
Mesmo assim eu sigo _ Dói-me o momento, o corpo, a vida...
Como posso ser tão fraco assim?
Como posso ser assim conformado?
Sustento vontade de tudo que poderia viver e sinto uma enorme saudade de tudo que poderia ter sido.
Olho meu presente, reflexo do meu passado, imagem do meu futuro... Ainda assim tenho que desistir.
Dos sonhos que tenho o maior, não é viver o que se passou, pois “águas passadas não movem moinhos”, é apenas não desistir _ Prosseguir!
E infelizmente não posso, tenho que desistir.
Vejo pessoas vivendo o meu sonho, Roubando o meu sonho _ Os invejo!
Penso em lutar, mas tenho que desistir.
Foi quando percebi que tenho tanta força para desistir que, Poderia como a fénix, renascer das cinzas, _
Mas já desistir!

Esperança


Sei de todos meus conceitos, mas hoje foi pego de surpresa:
Meu dia de garoto machucado, meus sonhos frustrado, meu orgulho blindado, meu momento no escuro, meu porto seguro, meu medo de perder, minha ânsia de querer, Minha força encurralada, minha dor renegada, minha cicatriz curada, minha tristeza disfarçada, minha estrada secreta, minha certeza concreta, tudo que um eu quis..., Meu lado fénix, minhas asas de águia, minha estrela guia, minha calmaria, minha tempestade, minha fragilidade, minha fortaleza de aço, meu coração em pedaços, meu colo de mãe, meu grito de socorro, meu padrão de normal, meu minuto indissolúvel, meu momento de loucura, meu gesto de proeza, minha incerteza, meu sorrido fingido, meu troféu caído, meu momento de medo, meu desejo em segredo, minhas ideias geniais, a minha fúria compulsiva, minha esperança explosiva... Tudo, tudo que construir e conseguir reter depois de um longo temporal seguido de indelével tragédia, tudo... Tudo em mim foi revirado e colocado uma coisa por cima da outra.
Seja o que for: foi bizarro, inesperado, foi de perder a voz, Como ser o único sobrevivente no mundo, como compor um clássico do rock ou da literatura, um pensamento que não conseguir imaginar, uma ideia que jamais teria, foi como ir ao céu e inferno ,num passo só, algo grande que nem sei se existem números para caracterizá-lo, talvez ate infinito. Foi como renegar uma descoberta cientifica com medo da Santa Inquisição.
Quase não conseguir fazer uma oração, o que mais tenho feito ultimamente.
Pode não ser o que eu espero, não sei foi sonho ou realidade, talvez fosse uma brincadeira de mau gosto Ou minha imaginação dando asas à interpretação. Mas seja o que fosse houve perdão, houve realização, alegria, harmonia, houve milagre, historia e esperança, saudade, amizade, vontade, liberdade, reciprocidade.
Pode não ser o que espero, mas seja o que for: não me prendi a vaidade, fui pouco, mas de verdade, perdoei e perdoei por vontade. Fui do réu ao juiz, do professor ao aprendiz, fui da doença a cura, do anjo a criatura, fui também os dois lados da moeda, do carrasco ou nobre, do rico ao pobre e estou no meu lugar. não espero nada além do que passo esperar. Foi justo! Não fui bom ou ruim, fiz o que espero que façam por mim. E ao invés de fazer chorar ou ver alguém se magoar, Por que não perdoar? - Logo o perdão que têm sido minha estrada e direção que tem sido um sonho - Por que não?
Seja o que for: Perdoei! E uma grande alma nasceu dentro mim. Agora vejo um novo rio para ricochetear pedrinhas a tarde... Não tenho mais o sentimento de tristeza que me invadia no cair da tarde... Vejo alem dos meus olhos, pena que o momento ainda não exista: Como é linda a minha vida que está um pouco alem do futuro, Como são doces os frutos das árvores que plantei na fé e na esperança... Esse acontecimento me fez dormir e agir feito criança.
Estou certo de que seja o que for esse momento, esse acontecimento... Houve um Deus e seu amor. Houve luz, houve a mão do senhor Jesus. E agora estou em paz... O espírito santo me conduz. Bendigo e bendirei ao senhor seja isso lá o que for.

Sonho acabado

...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Quem?


Traga-me apenas um segundo da tua companhia,
Para que eu vença essa dor translúcida,
Que agora agride minha vida.
Traga-me ao menos um fio da luz viva que há em teus olhos,
Para que eu avance da treva de mim mesmo.
Traga-me a tua mão forte e santa,
Para que eu segure e me erga do tumulo da morte que agora estou.
Traga-me o ar que tu respira,
Para que ele construa continentes na praça morta dos meus pulmões.
Traga-me a tua essência de vida,
E destrua a essência secreta de algo desconhecido e ruim que há em mim
Traga-me o teu corpo meigo e puro,
Para que eu possa depositar a minha alma machucada.
Traga-me o seu coração escudo
Para que o meu amor guerreiro lute contra qualquer mal;
Traga-me ao menos um pensamento de coragem,
Para que eu possa ser o mais fraco entre os fortes,
E o mais fraco entre os fracos; e ainda assim ser um humilde vencedor,
E se por ventura eu cair, que caia no solo de tua pele.
E já em você, por favor, me abrace forte!
Para que eu vença esse mistério que é a solidão_ e em selênico explicar a quem sofra


*13/10/2008