terça-feira, 27 de julho de 2010

Busca inexpressiva

“Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
Como entrei no inexpressivo
Que sempre foi a minha busca cega e secreta” por te;
Como te encontre antes de te encontrar,
Até mesmo como te amei e te perdi:
Naveguei por mares de ilusões,
E quanto mais alucinado e cego te via.
Depois, então, viajei por mundos que não foram,
Projetei em cada reflexo a sua imagem e em cada imagem o seu reflexo;
E com a tua imagem no espelho de meu coração disse NÃO a utopia!
Tudo isso sem nada dizer e sem movimentos;
Com os olhos de costa para as lágrimas,
Com as mãos prostradas ao céu em oração
E agachado em minha alma, escondidinho, com medo de viver.
Depois disso, nunca mais sair do inexpressivo,
Que foi sempre a minha busca cega e secreta por te.
Mas um dia, de repente, você me apareceu
E a minha busca inexpressiva tornou-se tão expressiva... Que por isso mesmo te perde!
Agora só encontro-a no inexpressivo; que foi, e sempre será a minha busca cega e secreta por te.
Aqui eu te amo; sem nunca precisar me frustrar com lado e sentido real de amar – aquele que dói, que não trás quem agente quer e também não tenho que me perguntar por quê?
Aqui eu a abraço; só sinto falta do calor real dos seus braços, mas enfim... Ainda assim aqueço-me da solidão!
Aqui na minha busca secreta e inexpressiva te vejo e te tenho imensamente.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Metalinguagem

Tenho muito que construir ainda, mas assim não dar;
Olho está cheio o meu deposito – emoções;
Mas os operários estão de grave – as palavras;
No entanto a abra continua normalmente – a vida!

Há um mar de emoção dentro de mim,
E eu nunca morri por isso;
Porém uma cota de palavra, que traduzisse a emoção deste momento, me mataria afogado!

Meu querer

O meu querer é leve como o cantar do vento no oco do mundo, e o deslizar das águas nas fontes que ainda não são e que mesmo que fossem míngüem saberia; e que sempre passa e que passe sempre e sempre passara – além de tudo e muito distante de mim!

Choro

Meu coração chora agora como chora o violino, mas coração não chora só bate de acordo as minhas emoções,
E também o violino não chora, só parece chorar de acordo com a emoção de quem o toca e quem o escuta; agora ate mesmo eu não choro, só tendo atribuir palavras as minhas emoções...

...Ouço uma melodia triste agora, e quanto mais triste ela soa menos da minha imensa tristeza conheço e compreendo!

(... e os meus olhos que nada sentem se enchem de lágrimas....transbordaram agora...)

Deixa...

Deixe passar assim os meus dias:
Sem lembrança de alguém nos meus caminhos tão, tão povoados;
Sem esperança de ilha nesse oceano tão, tão e tão distante chamado solidão;
Sem, sequer, uma mancha em preto e branco no mundo incolor de minha vida;
Sem ritmo de mim nas rodas ritmadas da felicidade;
Sem mensagem do meu mundo triste ao mundo entupido de informação;
Sem certeza de vitoria em plena a era de vencedores;
Com palavras encharcadas nos lábios presos, na boca seca e muda.

Esquina dos meus sonhos encantados em que esquina tu se perdeu de mim? Ache-me, por favor, ache-me aqui; aqui onde eu nada seria!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Segunda pessoa do singular

Fizeste de ti o contrario de tudo que sempre imaginavas, e quando sonhavas não era sonho o que sonhavas; era pó.
Fizeste da realidade um sonho incapaz de acontecer, e choras com um sorriso de orelha a orelha;
Fizeste das sensações e pensamentos um mundo tão palpável como a pena que agora escreves;
Fizeste das oportunidades coisas tão inoportunas e tão sem nexo que traçava com elas, sempre, a latitude e a longitude de suas ações, mas não procuravas no mapa da atitude um ponto correspondente. E isso te doía ma alma, sim! Então, pulavas da geografia da vida para calculardes no português se realmente teve sem oportunidades ou cem ‘inoportunidades’, mas não sabias se expressar direito;
Fizeste o maior dos arranha céus com os pés no chão, mas como não sabias nada de geografia, matemática e nem português e bem provável que a frese acima esteja ao contrario:
Saístes para lutar e esquecestes as tuas melhores armas, porque realmente não saístes para lutar – é a batalha era dura!
Fingistes tudo, até mesmo amar; só não conseguiu a fingir a dor que sentias.
Serias capaz de preencher até mesmo o vácuo do universo, mas vale tão fundo que tu és agora, tu não és capaz disso;
Pensas no que queres, não mais com o pensamento e nem com o coração todo esperançoso de conquistar, mas com um suspiro de dó e ódio por não ser capaz de conquistar o que queria.
És só tu o lixo que sabes e acha que é e ainda tudo aquilo que não sabes o que é e nem nunca serás.
E tu choras, tu morres enquanto vivis e tu quereis e tu precisas e tu sentes falta e tu já perdeste tudo isso.

Lembra-te aquele sonho, que agora tão realizado estas...; lembraste? Pois é! Esqueças. Só engulas a seco essas lágrimas de veneno porque são as lágrimas que tu não choraste e mates mais um sonho teu; e logo o que estava quase, quase, quase realizado, mas mates porque algo saiu errado porque todos os teus sonhos têm que existirem já ex-existindo.
Ao invés de praticar atitudes que mudes a vida, aprendas manias bobas que mude a tua feição; aproveites e aprendas uma que te deixe com a cara de bobo e lerdo e boca aberta que realmente és e ponto final.

O que mais deixaras que passasse por ti e fiquem apenas dolorosas marcas e muitas saudades?

Fizeste um enorme buraco em teu coração, feriste com navalha e cicuta os confins de sua alma
Aprendestes a fazer movimentos que não acontecem nunca, e choravas por isso no escuro, mas sempre com sorriso alegre.
Fizeste de tua vida um colorido de uma só cor, e agora todo esse trabalho resultou em vão
Fugiste tanto de tantas saídas e fechastes tantas e tantas portas, que agora, com as chaves em mão, queres abrir aquelas portas, mas já não sabes escolher mais isso.
Tu não dizes, mas tens pena de si mesmo. Da para ouvir isso em teu silencio.
Que fazes em quanto sonhas; será que morres?! Porque tantos sonhos teus nem saem do mundo dos sonhos e já vão direito para o mundo dos mortos; e ainda assim realizaram-se! Ah, Não; não sabes?! Pois se realizaram sim, Porque os teus sonhos existem e ex-existem tudo ao mesmo tempo.
Fingir sempre foi a tua melhor farsa, houve até um tempo em que não sabias mais se fingias de verás ou se fingia que fingias. Por isso Tu és o grande ator e autor e escritor e apresentar e telespectador da tragédia de si mesmo.

Tu és muito e muito pior que a dor, porque a dor dói por vicio da rotina, e tu... Tu machucas-te por vicio da escolha.
Que Fizestes de ti, inútil “pensador”; que esperas da vida?
Que pensas que pensam de ti; que és esperado? Pobre de tu. Tu és o desesperado! Tu és aquele que, por um raro acaso foi esperado, ficou sempre em segundo lugar. E ate mesmo as regras do português contrastaram contra tu: TU segunda pessoa do singular.
.
Tem agora o que te faltava antes, tu tens consciência até da morte – mas o que te faltou antes?
Que pensas agora; agora que... Agora que a frustração e sua pátria? – tens dó de ti?
Pobre, pobre, pobre e pobre e pobre de tu? E agora? Sabes que são tantas e tantas e tantas perguntas que e inútil citar qualquer que seja.

Não adiante agora tentar enganar a si próprio, não! É puro engano! “aceitas a frio o que tu és”. A tua melhor fresa já escreveste na vida: aquele que, por um raro acaso foi esperado, ficou sempre em segundo lugar. E ate mesmo as regras do português contrastaram contra tu: TU segunda pessoa do singular!

...

Aqui, neste lugar chamado solidão, tudo é absolutamente tranquilo, mas não é uma tranquilidade que dá sossego. Até mesmo uma bateria de escola de samba, e seu barulho natural e tradicional, seriam incapazes de desassossegá-la. E neste momento só o coração bate disfarçadamente em algum lugar no oco da alma. Tudo isso para não se apaixonar pela solidão

Ação!

Não espere que notem você;
Não espere outra vez uma chance;
Faça você mesmo, na hora certa,
Mas não se prenda ao tempo;
Aliás, novos instantes surgiram a cada instante
Porém um instante passado já mais volta atrás.
Posso dar-te um conselho: – ação,
Olhos tímidos nunca vêem além,
Nunca vêem além do que está à frente!

Pôs meu coração

Pôs o mar dentro do meu coração
E o mar coube espaçosamente dentro do meu coração
Pôs o meu coração dentro do mar
E o mar foi pouco para inundar
Os buracos que a dor abriu em meu coração.

Volvi o meu coração para o universo
E o universo se perdeu na imensidão do meu coração,
Nem as infinitas estrelas e o sol que há nele
Foram capazes de brilhar na treva que havia no meu coração.

Pôs o meu coração para fora de mim
E logo me sentir menor do que o tamanho de coisa nenhuma
Então, veio o mar e me inundou,
Veio o inverso as infinitas estrelas e o sol que havia nele e encheu-me de brilho.

Mas onde eu deixe o meu maldito coração
Existia uma treva que se camuflou
Na treva que havia em meu coração.
Lá nem os corvos, que são amantes da escuridão,
Encontram compaixão!

O navio o homem e o mar. / rascunho0

Era uma vez um navio...
Que por seu dono foi construído com muito carinho e chamado de werther. Por medo de perdê-lo e por amá-lo de mais ele não lhe apresentou ao mar. E assim se passam os 10 anos antes de sua primeira e única viagem ao mar.
O seu criador além de tudo temia que a salinidade do mar afetasse a pintura daquele cristal tão precioso, feito de aço e madeira, que guardava docemente com carinhos e cuidados infinitos no funde de sua bela casa; temia também que a tempestade o afundasse e que a ferrugem e o cupim o comecem. Por isso, resolveu manter-lo trancado qual ave na gaiola, qual peixe no aquário. Isso porque o navio representava muito para ele. Construí-lo era como vencer uma batalha que nunca teve a oportunidade de ao menos ser derrotado. Mas o resultado dessa construção era entes de tudo, a reação de outras ações. Contudo com essa construção o seu maior propósito era se libertar das correntes da culpa, quebrar a escada da solidão, que principalmente na juventude tanto fez questão de subir e voltar ao passado a cada martelada e cada pincelada tirar das trevas as suas percas e os seus gritos não gritados, todo o medo de lutar por seus ideais e lançá-los numa era de luz.
Esse homem era de poucas vitorias na vida. Ainda assim possuía o que poucos possuíam: alma livre para sonhar. Mas a marcha desses sonhos e também de suas atitudes e de seus planos Passavam primeiro por seu medo. E esse juiz oculto dificilmente acatava qualquer de suas decisões.
O navio ao seu modo também o amava, mas sentai lá no fundo íntimo de si, que esse amor não matava sua cede. Além das muitas outras coisas que ele não sabia, e uma morte era uma das, não sabia também que tão cedo partiria com ela virgem de sonhos e realizações. Coitado! – mas reconhecia um sentimento bem oposto ao que tinha pelo o homem, que ao invés de sustentar e alegrar e acalentar esvaziava-o do que nem mesmo tinha. Tudo isso só porque pensava naquilo que balançava para lá para cá.
Certos sentimentos amargavam, ainda mais, quando de sua cela estúpida (ESTÚPIDA PORQUE NÃO ERA ÇELA PARA CERTO TIPO DE PRISIONEIRO, MAS MESMO ASSIM VAZIA-O) , de longe simplesmente via a leveza que os outros navios flutuavam sobre aquele tão longínquo e mais tarde agridoce rosto que sempre balançava para é para cá. Werther, de algum modo, trazia em sua genética um imã que o puxa pra aquele imenso e liso resto que balançava pra lá e para cá. Contemplava-o então com seus olhos, que era uma imensa estrutura de aço e madeira, luzindo mil estrelas e outras mil agonias. Tudo isso o fazia sentisse-se como uma lua amarrada num porto impedida de subir ao céu. Engolia toda a essa onde de sentimentos angustiosos, amarrado aos pés, que mais uma vez era toda a uma estrutura de aço e madeira, por longas e vultosas correntes – que mais pareciam ancoras lançadas, ao invés do mar, ao chão!
Não me ficou dito como, mas uma vez o werther teve a sua grande chance de conhece aquele rosto, que não muito tempo depois soube que se chamava mar; e que em outras palavras, os navios eram felizes. Só que aquelas correntes, antes presas aos seus pés, estavam finalmente soltas, mas agora ancoradas fatalmente em seu coração.
Os motivos para isso pode ter sido vários como, por exemplo, medo e comodismo. Também Pode de ser levar em conta que talvez pensasse não era ser à hora de correr em direção a grande força que o puxava – como fazem tantos por ai. Ou ouviu quem viu frustrações próprias na sua possível realização. Também deve ter caído no conto dos que não foram ‘ao encontro do seu grande mar’, “por isso auto condenaram-se a lamentar e se arrependerem a vida toda; sem saberem que o destino e uma questão de escolha. Esses agora nem por isso, infelizmente, aprenderam e continuam ensinando agir errado quando o mar chamar um navio. Neles às dores que ardem como o sol não foi e nem são suficientes para evitar que continuem estéreis como pedras. E o que mais dor é saber que tiveram suas chances e a desperdiçaram-na, e agora vêem com a hipócrita ideologia que ‘mais vale um pássaro na mão que dois voando’. Não conquistaram o que perderam por puro medo ou falta de atitude. E Por agirem assim não só perderam os dois pássaros que estavam voando, mas também o que estava em mãos. Pois agora, depois de passada a festa e restado só o silencio do salão vazio, depois que perderam suas grandes chances contemplar a alegria dos outros navios, naquele imenso mar, é grande tristeza que seus olhos não cansam, e nem se cansarão de ver. ''
Essas reflexões ao navio caíram como a mão e a luva porque Pensar, sofrer e se magoar era o seu grande passa tempo. – em quanto isso a pequena bateria de sua vida ai descarregando. Agora, a areia dos castelos dos seus sonhos é capaz de secar o sorriso deste infinito mar...!
Em todo era homem simples. Colhia o que a vida dava e plantava o que não tinha. Não era dotado de inteligência genial, mas mesmo assim sabia que quem nunca andou de bicicleta nunca aprenderia; e que toda forma de felicidade, seja ela simples ou grande, era felicidade assim como todo pecado era é pecado. Tinha alma pura, capaz de filtrar a beleza e leveza da vida até nos mais simples acontecimentos: desde o contemplar do ar pura de uma casa limpa, ao gesto cheio de simbolismo de tirar o palito e a gravata do pescoço. Enquanto ao medo – fruto de seu passado –, não o possuía de todo, mas o tinha nas suas mais variáveis formas. E para salientá-lo ainda mais trazia dentro de si uma gruta secreta, saturada frustrações; e via o seu fim, sua explosão, o seu esvaziamento com construção do navio. Formas variáveis do ditado '' como jogador de futebol você daria um grande medico'', por exemplo, não se aplicavam a ele. Isso porque quando não conseguia atuar com êxito, ou por medo, em uma área, simplesmente extraia toda sua força e dedicação para outra área. E assim se fortalecia a ideia da construção do navio. Ainda mais depois do casamento, quando soube que o grande sonho de sua esposa era uma viagem justamente de navio no verão com a família. Então qual melhor presente? Qual maior forma de mostrar o seu amor? Além do que queria presentear o maior presente que a da vida lhe trouxe, quem sabe ate de Deus - com maior presente que ele poderia lhe dar o dera. Belo plano, grande presente de casamento, tudo feito, mas o medo seria o fator ''x'' na vida deste homem, a cena que não faria parte do espectáculo.
Acontece que sua esposa soube que o passeio com a família que tanto quisera seria com naquele navio que o marido passara anos construindo, e que ele saíra para o auto-mar no intuito de “testá-lo”, pois havia já se passado 10 anos deste a conclusão da obra.
A noite era tempestuosa; então ela sem nenhuma sombra de duvida pecou uma embarcação a motor e saiu em sinal de emergência, pronta a ajudá-lo caso algo saísse errado. – como de alguma forma temia. E foi o que fez...
Nesse momento algo de extraordinário aconteceu com o homem. Sentiu muito mais que medo da morte, quando que viu a representação dos seus sonhos flutuante naufragando.

Quando ela viu a letra A da palavra amor, que formava a frase: ''com muito amor e carinho'' sendo engolida pela água, percebeu o naufrago. Então sem declamar frases poéticas, sem nenhum gesto heróico, mas sim num momento de muito pavor e tensão, lançou ao marido a bóia que espetacularmente estava ali no seu barco. Esse sem mais delongas alcançou-a.

''A perca, os amores não correspondidos ou não vividos, os planos que não deram certo se acumulam em nossas vidas porque não nos entregamos por completo a eles, sempre por um motivo ou outro arrancamos suas raízes ou se quer a plantamos; e não por causa deles. Nós somos as ferramentas, tinta, tela e tintura da obra que fazemos de nossa vida. POR ISSO TODO DESENHO, Todo propósito, por mais tosco que seja, tem de ser visto como a Vara do Monte Horebe. Porque a diferencia de um propósito para o outro é o quantos nós empenhamos para que seu fim seja plausível e eterno. '' Porém, assim como há uma diferencia entre quem ler e quem decodificar palavras, há diferencia em quem ler um livro, por exemplo, e quem coloca em pratica suas ideias; e tudo isso aqui não passa de literatura.
''Nossos propósitos se lhes fossem dados a força de lutaram por si mesmo é que escolheriam os homens em ou até mesmo navios em que se realizariam!?'' – E se os fossem dados, de forma mágica esse poder; Pensem se de alguma forma eles fossem palpáveis, visíveis, ou tomássemos uma pílula para tal acontecer, brotar no nosso córtex cerebral com 1001 formas possíveis para sua concretização? Mas se isso acontecesse os homens bombas e terroristas em geral, com certeza, tomariam todas as pílulas possíveis por uma só ideia, para que em uma só explosão morresse todos os Palestinos, Israelenses, Americanos toda a humanidade. Por outro haveria também haveria tantos que tomariam as ' pílulas propositais' por não a violência, não a fome, não as armas nucleares e guerras, não as desigualdades. Sendo assim conclui-se que, se houvessem realmente essas pílulas, o mundo enfim teria um fim tanto bom como mal. Afinal ‘‘água “mole e pedra dura tanto batem até que fura.”

''Só em pensar que o infinito é infinito, por mais que vivermos, nossa existência não passa de alguns segundos. E não há génios ou analfabetos, ricos ou pobres, brancos ou negros, entes de qualquer religião e ateis ou céticos; que seja geneticamente melhor um que o outro. Não hã nenhum ser humano, desta o mais arrogante ao mais simples, que não esteja sujeito ás leis da natureza, e a mesmo fim: a morte. – mas não nos precipitemos com isso – nosso tempo de existência pode ser pequeno – o importante é sermos capitalista da felicidade: conquistar o máximo de felicidade com o mínimo de frustrações possível. Um exemplo bem sucedido disso é o Sistema capitalista; que quer sempre aumentar a obtenção de lucro e não as despesas. Para o capitalismo tempo é dinheiro, e todo bom capitalista não deve perder tempo em suposições, nem chances de expandi ou começar seus negócios. Ainda, via da regra para começar uma empresa é preciso que se tenha, além de tudo, capital de giro. Com um investimento inicial de, por exemplo, 100 mil reais a “empresa” compara a matéria prima, os meios e produção e pagara a mão de obra e produzira, por exemplo, 150 mil reais. obtendo, obviamente, um lucro de 50 mil reais. Completo o circulo é necessário começar tudo de novo.
Para os capitalistas da felicidade o processo de obtenção de 'lucro' (felicidade) também é o mesmo. É de extrema necessidade, porem, nem que seja, um pequeno 'capital de giro; que compra a matéria prima, os meios de produção e pagara a mão de obra... Que produz os bens de consumo... Que são vendidos e dão o lucro'. Completo o circulo é necessário começar tudo de novo. Sobre tudo no amor – sua maior empresa mundial. Acontece que algumas dessas empresas 'fecham-se' por má administração (Traição no casamento, ignorância entre parentes ou amigos, violência, por exemplo)Ao contrario das outras empresas capitalistas que compram sua matéria-prima, as capitalistas de felicidade fabricam sua matéria-prima.'' – Existe ainda um pequeno contraste de informações: para começá-las e preciso no mínimo um minúsculo capital de giro(sentimento), mas para que ele sobreviva ao sistema( as crises em geral, por exemplo.) é necessário a matéria-prima.
''Se por um lado se constrói uma grande empresa do amor com tão pouco, por, também se detrói uma grande empresa do amor por tão pouco. – basta acabar a matéria-prima. ''
Todas essas reflexões se passaram na cabeça do homem, em fleches de luz, enquanto segurava-se na bóia e era puxado ao barco. Já no barco um pouco atómico, deu um leve suspiro e depois abraçou a esposo; e de súbito enxugou a solitária lágrima que rolou de sues olhos.
Ele só não imaginaria que o navio, ao seu modo, no mesmo momento também teve as mesmas reflexões.
Sua criação por mais cede que tivesse mais atração, mais destinado que fosse ao mar; não consegui concluir o seu propósito. – Porque ele mesmo o era. O homem ao construí-lo deu-lhe alma quando colocou aquela frase: ''Com muito amor e carinho'‘. Seu navio foi realmente um jovem werther ao contrario. Antes de tudo, 'morreu' não por sua ''amada'', mas quando a teve
Quantos jovens werthes vivem dentro de si?

domingo, 11 de julho de 2010

Viagem

Deste lodo aonde vim parar tudo é tão escuro, todas as coisas gritam em um silencio tão longo, calmo e triste. Parece até que todos estão eternamente esperando uma festa: Os homens estão todos de terno, e entre as mulheres variam muito os trajes – algumas estão de traje branco.
Há muito gente por aqui: São fetos, recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. E eles não reclamam de nada, e ao mesmo tempo parecem refletindo sobre algo muito duvidoso e cruel e a também uma ressaca de descanso em seus pálidos rostos. (Eu agora já nem sinto falta e também não sei como conseguir lembrar, mas não consigo ver daqui tudo que com certeza sempre dei valor antes de aqui chegar: comidas, televisão, segredos, negócios até mesmo prazer ou dor)
O agir em passos calmos do tempo e aquele verme que passeia livremente entre os lábios de um ou outro, denuncia, que nesta festa todos são iguais. Quem os convidou não se sabe. Embora isso também pareça não fazer à mínima importância, mas esse alguém trata a todos com o mesmo desdém.

Parece que já se passam anos que estão aqui, mas essa festa, se é que é festa, parece nunca acontecer; porém todos permanecem aqui e não demonstram a menor Impaciência para isso.
Com o feito do tempo alguns já estão sem vestis, outros com vestis sujas e rascadas e para outros ainda parece que o fim das coisas acabou só neles. Mas a frieza em suas faces diz as mesmas coisas que aqueles que acabam de chegar com trajes novos e limpos... E o anfitrião continua tratando todos com o mesmo desdém...

Parece-me que acima deles ou em outra dimensão há um mundo de sentidos, canto de pássaros, balanço de árvores ao sabor do vento, prazer e até mesmo dor! Mas não neste lugar em que estamos. Aqui não! Aqui tudo é lento e longo. E dos que estão dormindo, com certeza, sou o único acordado

Continuar

Aquela estrela solitária seu eu;
Aquele planeta distante sou eu;
Aquele mundo poluído seu eu;
Aquele oceano seco sou eu;
Aquele sonho errante sou eu;
Aquele louco alucinado sou eu;
Aquela dor que penetra nas almas sou eu;
Aquela flor que morre ao chão sou eu;
Aquele monte de cinzas sou eu;
Aquele que vai pra já mais voltar sou eu;
Aquele que chora lágrima de sangue sou eu;
Aquele com coração de pedra sou eu;
Aquele pássaro molhado e sem asa sou eu;
Aquele isso, o rejeitado, o maltratado, o desgraçado, resto, o sujo sou eu!
Por quê?
A vida quis assim!... Quis que toda coisa, todo aquilo, todo bicho
sofresse dentro mim. –ah! Aquele que nasce morto também sou eu!
Mas devo continuar sendo assim. porque afinal faz sentido parar

Quero um mundo

Quero um mundo que possa chamar meu.
Onde o que exista seja meu e o que fale,fale de mim para eu mesmo.
Quero um mundo que possa levá-lo na ponta da caneta e construí-lo em qualquer folha de papel em branco; um mundo onde eu seja o poeta, mesmo leigo.
Quero um mundo que cante pra mim as minhas musicas, que chore pra mim meus risos e ria pra mim meu choro.
Quero um mundo que tenha a minha cor; quero um encontro comigo mesmo no meu mundo.
Também nada me custa dizer que quero as montas de chocolate e os rios de leite e uma luz muito mais luz que outras luzes e uma paz muito mais paz que a paz.
Não quero um mundo onde outros habitem ou construam mundos a partir dele; não quero musas, risos ou choros alheios e nem multidão.
Quero um mundo onde toda a realidade não passe de alienação; quero lá uma fuga para o que há de real, mas quero o meu mundo no mundo

Sinapses

Você não é mais aceita em meu coração!
O meu coração arrancou-te de dentro de si – Em pesar que doeu muito te esperar!
Mas agora dói muito mais esperar o tempo passar pra te esquecer.
Tanto que meu coração não suportou mais e jogou aos sete mares tudo que era seu, encheu de espinhos e rasas mortas o lugar que era seu.
Até mesmo a minha saudade, de tanto se lembrar de te esquecer, desenvolveu sinapses

Quem?

Traga-me apenas um segundo da tua companhia,
Para que eu vença essa dor translúcida,
Que agora agride minha vida.
Traga-me ao menos um fio da luz viva que há em teus
olhos,
Para que eu avance da treva de mim mesmo.
Traga-me a tua mão forte e santa,
Para que eu segure e me erga do túmulo da morte que
agora estou.
Traga-me ao ar que tu respira,
Para que ele construa continentes na praça morta dos
meus pulmões.
Traga-me a tua essência de vida,
E destrua a essência secreta de algo desconhecido e
ruim que há em mim
Traga-me o teu corpo meigo e puro,
Para que eu possa depositar a minha alma machucada.
Traga-me o seu coração escudo
Para que o meu amor guerreiro lute contra qualquer mal;
Traga-me ao menos um pensamento de coragem,
Para que eu possa ser o mais fraco entre os fortes,
E o mais fraco entre os fracos; e ainda assim ser um
humilde vencedor,
E se por ventura eu cair, que caia no solo de tua pele.
E já em você, por favor, me abrace forte!
Para que eu vença esse mistério que é a solidão_ e em
selênico explicar a quem sofra!

Esperei

Esperei...
Como quem espera
O amor para amar
Eu esperei
Como o barco que espera
O rio para navegar
Eu esperei
Como a fé
Espera a gloria pra reinar,
Como rosa espera
O vaso a enfeitar
Esperei você...

Você é...
Tudo que imaginei
Você é
Por que me apaixonei
Você é
As noites em que chorei
Você é
O beijo que não dei
Você é
A bênção que esperei
Você é.

Você foi...
Como alguém jamais será
Você foi
Muito alem do mar
Quando ao me abraçar
Você foi
Pra nunca mais voltar
Você foi!

O que farei...
Quando a noite veio me visitar
E no Céu cada estrela vai me falar
Que você já mais voltará?
O que farei!
Se eu te levo onde quer que eu vá,
Se já não sei aonde te encontrar,
Se além de pensamento você está,
Se minha alma se encontra ao te encontrar
O que farei?

Mais por quê...
Coração não mais te abrigar,
Meus olhos murcham ao te olhar,
Meus braços apodrecem ao te abraçar,
Minha boca língua e dentes caem ao te beijar,
Meus sentidos param, não mais me obedecem
E tomam vida própria se vê você Chagar?

Vou gritar...
E o mundo com minhas lágrimas inundar
Vou rasgar...
Meu coração e as cartas para nunca mais lembrar
Vou botar...
um ponto final nesta historia
Para nunca mais tirar.

Minha presença

Minha presença no mundo é como almas dos puros, quase míngüem sente!
Quase míngüem sente a minha presença no mundo porque ela é como canto solitário que não se ouve a noite.
No meio do mundo a de existir um vale, e no oco desse vale um rio corre de modo tímido e silenciosamente e despercebidamente e despretensiosamente e solitariamente – esse rio sou eu e minha presença no mundo
No meio de tantas, tantas e tantas e tantas historias no livro da vida
Minha presença no mundo é uma página em branco que ainda não escrevi uma vírgula, salvo estas palavras agora, e já estou prestes a morrer!
Mas a minha presença no mundo é realmente muito menos do que tudo isso – é uma vida que não vive ainda
.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Liberdade

Eu poderia colocar em meu rosto o sorriso mais alegre, guardado há séculos, mesmo estando triste e vicie-versa e eu poderia falar que fiz tudo que ainda não fiz e que sei que não faria nunca; e daí quem saberia e podeia dizer que não? Mas não! Hoje estou aqui para dizer que esse grande é largo sorriso em meu rosto e ainda muito mais amarelo e pórtico do que aparenta, e que aquele grande livro de realizações e objectivos que tenho ainda não foi aberto uma misera página se quer e que escrever é a minha liberdade!

mar de lágrimas

Uma onda de tristeza se levantou do mar de mentirias que é minha vida,
E não pode haver surfistas para surfá-las porque não há pessoas e sonhos e também porque é tudo da mentira! Só o mar de lágrimas, que já fez de mar esse meu pequeno rio chamado coração, que é verdadeiro