terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vida Contemporânea

estou neste barco a quarente e quatro anos – eu essa alguma coisa precária entre ser humano e algo precário –, e duas imagens me chamam a atenção. Mas não possa fechar os olhos e enxerga-las, pois não enxergo o furo no barco e sem querer acabo desistido da viagem. E nem posso toca-las, pois também dormiria sem já mais poder sonhar com elas. E isso de modo algum pode acontecer mesmo, porque estou vivendo verdadeiramente um pesadelo de sonhos repetidos - caso lhes sirvam de explicação vivo a realidade do meus 22 anos de via em morte! - quantos corações selvagens, mas belos e salvadores, me deram as mãos, uns ate suplicaram para voar com minhas asas, e pelo menos houve duas  estrelas neste céu de rostos lindo que brilharam para mim durante todo a dia! Mas o furo – gente! – não me deixa tirar o mão de cima dele, e há também um peso de séculos de chumbo sobre mim. 

Me desnutro a cada lágrima que, como um veneno me alimenta, me misturo igual a cinza ao chão sem fogo e sem parentes a cada e adeus e não há deserto em mim sem uma flor morta ou derrubada. 

Escandalosamente navego o silencio desta viagem neste barco que misteriosamente grita  quando ver gente e se faz gentil. E olha e toca tudo com meus olhos sedentos de verdade, mas o utopia desses movimentos faz a minha mão o que estar tapando o boro no barco, chorar o próprio mar que navega. 


A visto sempre uma ou mais imagem que fortalece o que pulsa dentro do corpo, e depois sempre as perco porque covardemente chueguei-as ser um cais distante e não acreditei que meu barco pudesse alcança-las. Por medo de morrer afogado não aprendi a nadar e não posso tirar as mãos do furo para liberta-me.

Chuuuuu... ruuu e ruuuu ...  – o vento cá dentro!

Plic e plic ... – a lágrima aqui dentro


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